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Paulo Chaves perde comando de pontos de Belém

O reinado do atual secretário de cultura do Estado, Paulo Chaves, que há anos assumiu para si o controle dos requintados pontos turísticos de Belém, está com os dias contados. A Pará 2000, Organização Social que controla a Estação das Docas, Mangal das Ga

O reinado do atual secretário de cultura do Estado, Paulo Chaves, que há anos assumiu para si o controle dos requintados pontos turísticos de Belém, está com os dias contados. A Pará 2000, Organização Social que controla a Estação das Docas, Mangal das Garças e Hangar Centro de Convenções, deverá perder o controle destes espaços brevemente, já que uma decisão recente do Governo do Estado tirou da competência da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) tal atribuição, repassando tudo para a Secretaria de Turismo (Setur), comanda por Adenauer Goes.

Uma nova concorrência será feita, endereçada às empresas da área turísticas, interessadas em explorar esses espaços. Fato é que a Pará 2000, que tinha forte influência de Chaves, sairá de cena, deixando o secretário politicamente mais fraco na própria estrutura governamental.

A Pará 2000 começou há 16 anos, instituída no segundo governo Almir Gabriel, sob a forma de Associação Civil sem fins lucrativos. A ideia era administrar os equipamentos turísticos do Estado do Pará, de forma a não esbarrar na burocracia. Em resumo, ser mais eficiente e torná-los lucrativos. A Pará 2000 hoje gerencia a Estação das Docas, em um contrato celebrado entre o Governo do Estado e a Companhia Docas do Pará (CDP), que cedeu os galpões ao Estado e o Governo os reformou, transformando-os num ponto turístico da cidade.

Depois veio o Mangal das Garças e, por último, o Hangar Centro de Convenções. Em todos os governos tucanos sempre quem comandou a Pará 2000 foi a Secretaria de Cultura, sendo um projeto pessoal de poder do arquiteto Paulo Chaves, titular da Secult. Ele se transformou numa espécie de dono, ou autoridade máxima suprema, na gestão desses pontos. Nada passava sem a anuência dele no que se refere a contratos e tudo mais.

COMANDO

Chaves explorava ao máximo tal controle, para obter vantagens políticas e prestígio, junto a empresários e até mesmo dentro do próprio Governo. Na época, até o Estatuto da Pará 2000 foi desenvolvido com a participação direta de Paulo Chaves. Ele criou uma estrutura, formada por presidência, conselho fiscal, conselho administrativo e assembleia geral. E passou a ter voz de comando, porque sempre, nas gestões tucanas, controlava o setor através do conselho de administração. Nesse conselho, os ocupantes sempre obedeciam a Chaves, pois eram indicados por ele.

O poder econômico também esteve na alça de mira do secretário. Nenhum evento era realizado sem o seu consentimento. O plano dele foi bem elaborado, mas a execução não saiu como o esperado. Logo nos primeiros anos, a Estação das Docas apresentou prejuízo financeiro. Os custos foram aumentando, e na época precisou de repasses financeiros do Governo. O que acabou sendo mais uma forma de Chaves controlar a Pará 2000.

A OS começou a gerar déficit e os repasses, quando eram feitos, não eram suficientes para suprir as despesas da Organização Social (OS). Qualquer tentativa das diretorias de viabilizar os equipamentos esbarrava nas ordens de Paulo Chaves. Em momento algum, ele aceitou a abertura do mix de lojas que funcionavam na Estação que, mesmo que dessem lucro, contrarivam os planos e desejos do secretário, ou o modelo que havia implantado.

DÍVIDAS

Quando o Hangar passou a integrar a Pará 2000, houve um reforço no caixa, já que o espaço dava lucro, atenuando os prejuízos da Estação das Docas e, principalmente, do Mangal das Garças. O Mangal sempre foi deficitário aos cofres públicos. Tem uma despesa elevada e receita extremamente baixa. Quando o Hangar não foi mais capaz de suprir isso e equilibrar as contas da Pará 2000, os déficits gerados e chegaram à casa de milhões de reais. O atual presidente da OS recebeu, de acordo com informações obtidas pelo DIÁRIO, mais de R$ 7 milhões de dívidas acumuladas por administrações anteriores.

A situação se agravou porque o atual presidente não foi indicado por Paulo Chaves, e por isso passou a sofrer retaliações e boicotes por alguns funcionários indicados por Chaves.

Em mais uma forma de retaliar e atrapalhar a gestão atual, comandada pelo advogado Alano Pinheiro, Paulo Chaves passou a segurar os repasses do Governo, fechando as torneiras. O acúmulo das dívidas levou ao corte de energia da Estação por parte da Celpa, obrigando o uso de geradores para manter os espaços funcionando. Dentro da diretoria há pessoas indicadas por Chaves que passaram a boicotar o trabalho dos demais diretores. Segundo o DIÁRIO apurou, o assessor de comunicação Nélio Palheta e o diretor de administração Franklin Vasconcelos são indicações diretas de Paulo Chaves, e não rezam na cartilha de Alano Pinheiro.

(Diário do Pará)

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