Depois do anúncio de que o LBCD (Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem), no Rio, está suspenso, o Comitê Organizador dos Jogos do Rio já trabalha com o plano de realizar os testes antidoping fora do país.
A Folha apurou que o plano B dos organizadores é o laboratório de Paris, na França, que é credenciado pela Wada (Agência Mundial Antidoping). O que conta a favor é que, em agosto, o laboratório estará em férias e poderia absorver a demanda.
A expectativa é a de que sejam realizados entre 5.000 e 6.000 testes antidoping durante a Olimpíada, de 5 a 21 de agosto.
Caso o uso de um laboratório no exterior seja necessário, haverá demora no processamento das amostras de sangue e urina.
Se no Rio elas seriam analisadas quase instantaneamente, entre o envio a Paris e o anúncio dos resultados haveria uma espera de até cinco dias.
Seria um expediente semelhante ao adotado durante a Copa do Mundo de 2014. Como o laboratório carioca estava sem certificação à época, as análises foram enviadas ao laboratório de Lausanne, na Suíça.
Uma outra hipótese aventada pelo comitê organizador dos Jogos do Rio é trazer técnicos do exterior, com confiança da Wada, para operar os equipamentos e o laboratório.
Segundo a Folha apurou, a suspensão do LBCD se deu por erros técnicos, e não por defasagem de aparato.
O LBCD foi totalmente reformado após investimento de R$ 188 milhões do governo federal. Do total, o Ministério do Esporte bancou R$ 160 milhões e o Ministério da Educação, R$ 28 milhões. Os desembolsos cobriram a construção de um novo prédio para instalá-lo e a compra de equipamentos.
As autoridades brasileiras têm 21 dias a contar da notificação, na quarta-feira (22), para recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte) e tentar reverter a decisão da Wada.
(Folhapress)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar