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Moradores reféns da insegurança

Há 40 anos, quando a aposentada Maria Rosilda Teles, 87, foi morar no Umarizal, bairro nobre de Belém, o ato de se sentar em frente de casa era uma rotina. Nos fins de tarde, ela reunia as vizinhas para conversar e se distrair. Hoje, o “tempo bom” ficou n

Há 40 anos, quando a aposentada Maria Rosilda Teles, 87, foi morar no Umarizal, bairro nobre de Belém, o ato de se sentar em frente de casa era uma rotina. Nos fins de tarde, ela reunia as vizinhas para conversar e se distrair. Hoje, o “tempo bom” ficou no passado. “Eu escuto um barulho aqui fora e logo olho pela janela, para ver se o cadeado está no portão”, conta dona Maria.

O comerciante João Carlos, morador do bairro há 30 anos, compartilha da mesma sensação. “Já foi muito bom viver aqui. Agora, é assalto com frequência. Os cidadãos estão trancados dentro das próprias residências”, reclama. Ele lembra que, no ano passado, a sua filha, de 20 anos, foi roubada na rua onde mora duas vezes,em apenas 15 dias. “Está muito difícil de viver sem segurança. Não posso ficar até muito tarde com o comércio aberto porque tenho medo”, acrescenta.

Os muros altos e portas gradeadas mostram a tentativa dos moradores de terem o mínimo de segurança em um dos bairros mais nobres da capital. São muitos relatos de vítimas de assaltos. Há uma semana, por exemplo, um estudante de 27 anos, que preferiu não ter seu nome divulgado, foi surpreendido por dois assaltantes no momento em que chegava em casa com a namorada, por volta das 20h.

Antônio Rocha diz que os moradores vivem com medo. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

ASSALTO

Naquela noite, os criminosos estavam em uma motocicleta, com os rostos cobertos pelos capacetes. Um deles estava armado. “Não tive nenhuma reação. Levaram meu celular”, lembra o rapaz. A descrição das vítimas é sempre a mesma: os assaltantes chegam de moto, bem vestidos e a qualquer hora.

A insegurança em que vivem os moradores revolta o marítimo Antônio Rocha, 67 anos, presidente da Associação dos Amigos do Umarizal. “Todos os dias, moradores são assaltados”, diz. Segundo ele, trechos das travessas Diogo Moia, Antônio Barreto e Almirante Wandekolk são bem mais vulneráveis. “A gente vive sobressaltado”, declara.

RESPOSTA

Em nota, a Polícia Militar (PM) afirmou que o Comando de Policiamento da Capital “intensificou a atuação policial cotidiana e deflagra todas as noites, em Belém, principalmente no Umarizal”, a fim de prevenir e reprimir ações criminosas, além de “reforçar a segurança da populaçãono retorno para casa”.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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