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Governo não cumpre prazo de reabertura do Utinga

Belém é uma cidade urbanizada. Apesar do título de "Cidade das Mangueiras", o cinza do concreto é a cor predominante na capital paraense. Por isso, espaços verdes são tão importantes para os moradores, seja para aliviar o alto calor nos dias quentes, p

Belém é uma cidade urbanizada. Apesar do título de "Cidade das Mangueiras", o cinza do concreto é a cor predominante na capital paraense. Por isso, espaços verdes são tão importantes para os moradores, seja para aliviar o alto calor nos dias quentes, para o lazer das famílias ou para fornecer o sossego entre os congestionamentos do cotidiano. O Parque Estadual do Utinga é um desses ambientes de alívio. Ou era. Parcialmente fechado desde abril do ano passado para receber uma obra de revitalização, que seria encerrada em dezembro de 2015, o parque seria reinaugurado oficialmente no aniversário de Belém, no dia 12 de janeiro, segundo cronograma do Governo do Estado. Quatro meses depois, os usuários do espaço continuam aguardando a reabertura do local.

"É um local de muita importância. Uma janela para a Amazônia no centro de Belém, onde a pessoa pode ter contato com a natureza, ver a flora e a fauna daqui, observar borboletas exóticas e alguns animais em liberdade. Um lugar pra lazer e paz", afirmou o arquiteto e coordenador do projeto Bike Anjo, Murilo Rodrigues, antigo frequentador do espaço. Ele, entretanto, não frequenta o espaço desde o início das obras.

A revitalização iniciou em abril de 2015, quando certas partes da via princial do parque foram interditadas. No final do mês, outros 400 metros de pista tiveram o acesso bloqueado, diminuindo a área de passeio para os visitantes. Pelo cronograma lançado na época, o piso da via principal ficaria pronto no segundo semestre do ano passado, com a obra sendo finalizada até o dia 31 e dezembro, e a abertura oficial ocorrendo durante a programação dos 400 anos de Belém.

Segundo o primeiro cronograma, as obras seriam encerradas em dezembro de 2015, com abertura oficial no aniversário de Belém, em janeiro. (Foto: Cláudio Santos/Agência Pa)

O atraso nas obras, entretanto, revolta quem frequentava o espaço. "O local era ideal para ciclistas que queriam entrar no mundo da moutain bike, com as trilhas, e também para ciclistas que apenas queriam passear", continuou Murilo. "Impedir o ir e vir do ciclista é algo triste. Não se pode furtar o uso das bicicletas. É uma prática saudável, além de lazer, que fica sem espaço".

Como um profissional da arquitetura, Murilo afirmou desconhecer a fundo o projeto do Utinga, mas afirmou que ele merece atenção. "É um parque ambiental, de contato com a natureza, então a obra precisa ser minunciosamente estudada. Projetos assim devem ser feitos com cautela", afirmou.

Além dos ciclistas, outros grupos frequentavam o espaço, como corredores, pessoas em busca de um local para exercício, famílias em passeio, pessoas em busca de paz. "Começei a ir lá pra correr e praticar yoga. É bom fazer essas coisas perto da natureza. Mas não vou desde o ano passado, com as obras. Estou ansiosa pela reabertura", afirmou a empresária Amanda Dias.

O local era bastante frequentado por famílias em busca de passeio ou exercícios, como caminhada e corrida. (Foto: Bruno Carachesti/Diário do Pará)

Com uma filha de sete anos, ela conta que até os passeios em família estão afetados pelo fechamento do parque. "Quero dar a ela esse contato com a natureza, a possibilidade de viver bem. Tem outros espaços, como o Bosque Rodrigues Alves, mas são bem menores e artificiais, com animais enjaulados, lixo. O Utinga era uma dádiva. Mas não tem dado pra aproveitar a totalidade dele", completou.

Acho muito importante dar atenção e manutenção para espaços públicos como o Utinga, mas o Governo do Estado deveria ter mais responsabilidade com prazos e promessas. Belém é extremamente carente de locais de lazer e contato com a natureza. Não temos opção. O Utinga precisa ser entregue para a pópulação, e com segurança", desabafou o advogado Ângelo Rodrigues, que frequentava o Utinga nos fins de semana com a família.

O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas), que informou que o Paque do Utinga é de responsabilidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade (Ideflor-Bio). O Instituto, por sua vez, afirmou que as obras no local são responsabilidade da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). A Secult ainda não respondeu ao DOL sobre o assunto.

(Gustavo Dutra/DOL)

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