Há ainda outro aspecto desse universo de quem mergulha na fantasia, o de “colocar a mão na massa” na hora de trazer os sonhos para a vida real. Letícia Quintas, por exemplo, mostra o “reator” que brilha por baixo de sua blusa, confeccionado com luminárias redondas de armário, um pouco de fita adesiva e um pires translúcido. Bem parecido com o confeccionado por Jhynnody Costa, acoplado ao restante de sua fantasia, que pode parecer ferro, mas é de material bem mais acessível.
“Eu comprei o meu primeiro computador só para ter como pesquisar e imprimir algumas coisas que precisava para montar (a fantasia). Na internet pesquiso as peças em detalhes, pego dicas de como confeccionar, estudo como montar algumas partes... Os materiais são coisas bem simples como E.V.A, papelão, tinta acrílica e essas lâmpadas de armário, de led”, explica Jhynnody, com luzes que saíam pelas mãos também.
A escolha pelo personagem do Homem de Ferro, ele diz, se deve ao fato de “diferente dos demais heróis, ele construir o próprio poder, sua armadura, ser inteligente e fazer grandes projetos”. Assim fica fácil ver a identificação do rapaz com Tony Stark, a identidade secreta do Homem de Ferro. No fundo, conforme o espaço do cinema vai lotando, todos parecem um pouco crianças, a animação aumentando naquele coletivo de apaixonados pelas mesmas histórias. Mas ai de quem ouse chamar isso de coisa de criança.
Jess Marques, 18, acompanhada do amigo, Lucas Lima, 22, parece não querer ficar para trás quando o assunto é “quem é mais fã das histórias em quadrinhos. Comecei gostando e defendendo apenas os personagens da Marvel. Sabe como é, tem essa rivalidade com a DC Comics, geralmente quem é a favor de uma, não gosta da outra. Mas hoje eu gosto de tudo”.
Lucas conta que gosta de HQs desde criança, mas discorda que as histórias da Marvel e DC sejam infantis. “Não tem como dizer isso, porque envolvem muitas coisas complexas, como poder, política, guerras, identidade. A história de ‘Guerra Civil’, por exemplo, envolve interesses divergentes, amizade, política”, justifica. E apesar de não ser daqueles fãs que gastam tudo o que podem em produtos relacionados ao tema, diz gostar de ter camisas personalizadas e outros itens sempre que a oportunidade surge.
(Lais Azevedo/Diário do Pará)
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