O padre Geffison sempre foi uma figura de grande força na Basílica de Nazaré. As missas que ministrava às quartas-feiras eram sempre lotadas e animadíssimas. Fiéis de todas as idades cantavam e adoravam, conduzidos pelo carisma de Geffison, sempre atencioso e carinhoso com todos. Por tudo isso, os romances do religioso bateram ainda mais fortemente na vida dos fiéis.
“Ele era e sempre será um homem de Deus. Ele nos trazia palavras de muito amor”, diz Virgínia Souza, 51, professora e católica fervorosa. Entre os mais jovens, o sucesso era ainda maior. “Comecei a frequentar a Basílica porque meus amigos diziam que a missa do padre Geffison era diferente, emocionante”, lembra o estudante Mateus Aguiar, 22. “E era mesmo. Estamos sentindo muita falta dele”.
PECADO
Entre os clérigos, no entanto, as lamentações são menos árduas. Dois padres católicos - ambos de Belém - ouvidos pelo DIÁRIO, condenaram duramente a atitude de Geffison. “Quando um homem decide ser padre, ele sabe muito bem dos preceitos que tem de cumprir. E o celibato é um deles”, declarou um desses religiosos - ambos pediram anonimato, temendo represálias da Igreja. “Um sacerdote manter relação sexual prejudica toda a Igreja. Abre espaço para as críticas que os infiéis gostam de fazer ao nosso trabalho”.
O outro padre consultado pela reportagem foi ainda mais firme. “Todos nós passamos por provações, em várias áreas das nossas vidas. O segredo é buscar a Deus quando algo assim acontece”, disse o religioso. “O Geffison é um bom rapaz, dedicado e muito talentoso. O problema foi que, no caso dele, o amor é carne venceu
o amor à Igreja”.
(Diário do Pará)
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