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Governo deixa de fornecer remédio e mães protestam

Aos 6 anos, a filha da contadora Josiane Pena, 36 anos, começou a manifestar sintomas de uma puberdade precoce. Após o diagnóstico, a menina, hoje com 9 anos, passou a fazer o tratamento. Entretanto, o Governo do Estado deixou de entregar os remédios para

Aos 6 anos, a filha da contadora Josiane Pena, 36 anos, começou a manifestar sintomas de uma puberdade precoce. Após o diagnóstico, a menina, hoje com 9 anos, passou a fazer o tratamento. Entretanto, o Governo do Estado deixou de entregar os remédios para as mães, que recebiam por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) .

Inconformadas com o descaso, 10 mães foram, na manhã de ontem, para a frente do Fórum Cível de Belém, pedir que a Justiça cobre que o Governo do Pará tome providências. “Já estamos há quase 3 meses sem os medicamentos. Elas não podem ficar sem tomar”, denunciou a contadora.

Em março passado, as mães pediram que o Ministério Público do Estado (MP), ajudasse a fazer com que o Governo disponibilizasse os medicamentos. O MP, então, pediu esclarecimentos ao Estado. A Secretaria de Saúde (Sespa), informou, no dia 31 do mesmo mês, que “está enfrentando dificuldades na aquisição/abastecimento” dos remédios. Dessa forma, as pacientes estão sem poder dar continuidade ao tratamento. Os medicamentos são vendidos nas farmácias. Porém, custam muito caro.

O medicamento Triptorrelina, injetável que bloqueia a evolução dos hormônios, por exemplo, custa R$505. Já o Leuprorrelina é vendido, em média, a R$263, valor que não pode ser custeado pela dona de casa Érika Nascimento, 38. Mãe de gêmeas, de 10 anos, ela teve de abrir mão de seu emprego para cuidar das meninas. “Não tenho condições de comprar nenhum dos medicamentos”, disse.

DOSES

A cada 28 dias, as crianças precisam receber a dose de uma das medicações, na Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescência (Uremia), no bairro de São Brás, em Belém. O receio das mães é que, por falta dos remédios, as crianças sejam excluídas do tratamento. “Se elas menstruarem, não vão mais crescer. Isso é um problema”, disse.

A veterinária Susi Barros, 41, também mãe de uma criança que precisa tomar os remédios, diz que o grupo das mães contabilizou 200 crianças em todo o Estado precisando dos medicamentos. “Elas podem tomar um dos dois. Porém, não podem deixar de ser medicadas”.

A Sespa confirmou que os medicamentos Leuprorrelina e Triptorrelina estão em falta, provisoriamente. Segundo a nota, o Governo está tendo dificuldades em obter os remédios “devido a alguns ajustes burocráticos com o fornecedor”. A secretaria diz, ainda, que está tentando resolver o problema.

LEGISLAÇÃO

Segundo portaria de 2010, do Ministério da Saúde, devem ser disponibilizados gratuitamente, por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), medicamentos para o tratamento de puberdade precoce. Para receber o Triptorrelina é preciso que haja o diagnóstico e o paciente esteja cadastrado no programa da rede até os 9 anos incompletos.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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