Helder lança projeto de revitalização do Porto

O ministro dos Portos Helder Barbalho lançará, hoje, o Projeto de Revitalização do Porto, em Belém. “Espero que esse projeto marque o renascimento da nossa Belém. Uma Belém do século XXI”, diz Helder. O projeto de revitalização da área portuária é dividido em várias fases. A 1ª é a elaboração do estudo preliminar, que está a cargo de duas empresas: Giovanini Lettieri Arquitetura e Geológica Consultoria Ambiental. Esse estudo deve custar R$ 3 milhões e será arcado pelo Governo Federal. Essa fase deve durar 3 meses.

A 2ª etapa está prevista para levar mais 2 meses, período em que devem ser realizadas consultas públicas à sociedade de Belém. Após essa fase, será divulgado o estudo básico, que vai dar origem ao Processo de Manifestação Pública de Interesse (PMI), que é uma modalidade de licitação na qual empresas privadas são convidadas a apresentar proposta de reurbanização de utilização do espaço. O melhor projeto será
declarado vencedor.

O arquiteto Giovanini Lettieri estará à frente do trabalho. Ele diz que vai se inspirar em famosos projetos de reurbanização de áreas urbanas degradadas, como o “Projeto Porto Maravilha”, do Rio de Janeiro; o Projeto da Praça da Liberdade, de Belo Horizonte; e o Projeto do Porto de Boston (EUA). “Queremos integrar o porto à cidade”, explica o arquiteto.

ESPAÇOS

Segundo ele, a proposta não é trabalhar com a perspectiva de demolições, como no Rio de Janeiro. “Apostaremos em dar novos usos a espaços já existentes, como no caso de Belo Horizonte” afirma. O investimento total ainda não está definido, uma vez que depende do projeto vencedor. Mas a conta deve ser dividida entre o poder público e a inciativa privada. “Queremos as famílias passeando por aqui, retomando a posse de uma área que passou anos abandonada pelo poder público”, declara Helder.

RELATÓRIO DO PROJETO

Integração urbano-portuária, com a requalificação de áreas e instalações para a realização de atividades institucionais, culturais, sociais,
recreativas ou comerciais;

Reforma da sede da Companhia Docas do Pará (CDP) e do Museu do Miramar, que deve se tornar o 1º museu interativo da Região Norte, nos mesmos moldes do Museu da Língua Portuguesa (SP);

Integração do projeto com o atual Terminal de Passageiros e com a Estação das Docas;

As instalações portuárias não operacionais com vistas à revitalização poderão ser arrendadas ou cedidas, destinando-as para atividades institucionais, culturais, sociais, recreativas ou comerciais, bem como atividades operacionais voltadas para a movimentação de passageiros e terminais de cruzeiros, desde que adequadas à recuperação urbana.

(Diário do Pará)