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Estudantes reagem contra agressão em faculdade

O debate sobre direitos humanos e o combate a toda forma de violência contra as mulheres ganhou destaque em diversos espaços nos útimos tempos. Entretanto, casos de agressão e assédio ainda são relatados pelas vítimas da violência. Um desses relatos que g

O debate sobre direitos humanos e o combate a toda forma de violência contra as mulheres ganhou destaque em diversos espaços nos útimos tempos. Entretanto, casos de agressão e assédio ainda são relatados pelas vítimas da violência. Um desses relatos que ganhou as redes sociais recentemente mostra um suposto caso de agressão verbal entre alunos da Faculdade Paraense de Ensino (Fapen), em Belém, que chegou, inclusive, a mobilizar uma campanha de conscientização entre os alunos.

"Estávamos terminando de fazer prova enquanto um grupo de alunos estava fazendo barulho do lado de fora da sala. Uma amiga e eu fomos pedir silêncio e, então, eles começaram a nos xingar", afirma a estudante Luana Paola. "Ouvimos ignorâncias do tipo: 'para mulher, ou ela está certa ou o homem está errado', 'Comunicação? O que seria comunicação? Difícil passar nesse curso né?! Mas o que é publicidade?', além de comentários sobre nossos corpos, sobre sermos magras".

A estudante afirma que procurou uma professora e funcionários da instituição, mas que os xingamentos continuaram. "Uma professora foi falar com eles, mas eles foram ainda mais ríspidos. Não fomos as únicas hostilizadas, mas funcionários do local também".



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Publicado por Luana Paola em Segunda, 4 de abril de 2016

Ela afirma que procurou a coordenação da faculdade para relatar o caso, que teria informado que iria apurar o ocorrido. Entretanto, ela se diz traumatizada após os xingamentos.

"Estamos com medo de andar sozinhas, de cruzar com eles. Só andamos em grupo, não saímos da sala quando eles estão fora. Estamos traumatizadas com a situação", completou Luana.

CONSCIENTIZAÇÃO

Após o caso, um grupo de alunas começou uma campanha de conscientização entre os alunos, para evitar novos casos. No começo da semana, as alunas utilizaram uma camisa com a frase "Tu não tens o direito de me calar!". Elas ainda planejam outras ações.

"Vamos distribuir panfletos sobre o combate a toda forma de repressão, seja de mulheres, negros, homossexuais ou outros grupos que sofrem agressões. Também planejamos fazer uma campanha nas redes sociais e uma palestra, ministrada por mulheres vítimas de agressão", afirma Luana.

Ela diz, entretanto, que a mobilização ainda não deu resultados diretos. "Quando chegamos com a mesma camisa, os mesmos alunos fizeram novas chacotas, dizendo que eramos líderes de torcida. Ainda mantêm os xingamentos", completou a estudante.

Em nota, a Faculdade Paraense de Ensino (Fapen) esclarece que convocou uma comissão institucional. A mesma está em processo de apuração do caso com todos os envolvidos desde o dia do acontecimento, conforme prevê o Regimento Interno, no que se refere ao procedimento administrativo do regime de disciplina institucional. A Faculdade informa ainda que é contrária a todo e qualquer tipo e forma de transgressão que fere a pessoa e a dignidade humana em seu direito.

(Gustavo Dutra/DOL)

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