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O ‘Tigre’ está golpeado, mas não morto

Marabá vive um dos seus momentos transitórios mais complicados de sua história econômica. E não é de hoje que o município pólo da região do Carajás vive uma transformação. Marabá já viveu nada menos do que quatro grandes momentos econômicos: a borracha, c

Marabá vive um dos seus momentos transitórios mais complicados de sua história econômica. E não é de hoje que o município pólo da região do Carajás vive uma transformação. Marabá já viveu nada menos do que quatro grandes momentos econômicos: a borracha, com a extração do caucho (em 1895); extração da castanha-do-pará (1920); garimpo de diamantes no leito do rio Tocantins (1930) e a partir dos anos 80, a exploração do minério, com o ouro de Serra Pelada e o minério de ferro da Serra do Carajás.

Havia muita expectativa a partir de 2008, com a perspectiva da implantação da Alpa – Aços Laminados do Pará e seus vários projetos subseqüentes, que acabaram por criar na cidade a especulação imobiliária e atraindo várias pessoas, que como Francisco Coelho, queriam ver novos horizontes para si e para os seus, apenas mais um sonho de brasileiros como nós. Naquela época, Marabá era chamada de “Tigre da Amazônia” por ter potencial parecido com os “Tigres Asiáticos”.

A castanha-do-pará já movimentou a economia de Marabá, hoje aguardando a implantação da Cevital. Reprodução

Foram-se oito anos e infelizmente a Alpa não aconteceu. Além disso, outro problema recaiu sobre Marabá: a alta atividade das guseiras que utilizavam o carvão em seus fornos casou mais estragos do que benefícios, e a Sema resolveu acabar com tudo. O maior rigor na aplicabilidade das legislações ambiental e trabalhista, coincidiu no momento de maior fragilidade do setor sidero-metalúrgico de Marabá. O parque industrial de Marabá parou, demitiu e hoje está à espreita, ansioso para voltar a trabalhar.

O golpe duro não poderia derrubar a gigante Marabá. Ainda há muito o que fazer.Este ano, saiu o edital para as obras do Pedral do Lourenço, adiado, após inúmeras especulações sobre o início de suas obras. A empresa argelina Cevital Group, já garantiu que vai se instalar em Marabá, não por que o governo estadual é bonzinho com a cidade, mas é porque há um projeto de lei do governo federal tramitando no Congresso que suspende por dois anos a edição de novas leis de incentivos fiscais pelos Estados da Federação.

Área onde espera-se que a Alpa seja instalada. Foto: Júnior Oliveira

Se não forem aprovados antes da lei federal, o Pará terá que esperar mais dois anos, no mínimo, pela Alpa, ou pode perder de uma vez a siderúrgica.

A empresa Correias Mercúrio já está quase pronta para atender a demanda de transporte da mineração do projeto S11D em Canaã dos Carajás e vai gerar emprego aqui em Marabá. E, ainda tem o setor de agronegócio, que deve crescer até 2,5% este ano e exporta 14,10% de carne para o mundo afora.O “Tigre” está golpeado, mas não está morto. E ao completar 103 anos, comemora seu povo lembrando de seus atos passados, sempre em mente que ainda há muito o que fazer no futuro.

(Michel Garcia)

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