Os delegados da Polícia Civil do Pará decidiram entrar em estado de greve a partir da próxima segunda-feira. A decisão foi tomada na noite de ontem, por unanimidade, durante a assembleia-geral da categoria. Os delegados reivindicam a reposição salarial de 16,73% que deveria ter sido paga no último mês de março.
Segundo o presidente da Associação dos Delegados do Pará (Adepol), Ivanildo Santos, a categoria exige o cumprimento da Lei Complementar nº 94/2014, que garante a reposição parcelada até 2018. O acordo foi firmado entre os delegados e o governador Simão Jatene.
As duas primeiras parcelas do acordo foram pagas em 2014 e 2015. No entanto, o Governo suspendeu a 3ª parcela, referente a 2016, alegando contenção de despesas. Durante a assembleia os delegados decidiram protocolar um ofício na próxima segunda-feira, comunicando o governador sobre o estado de greve e determinando um prazo de 72h para que Jatene se posicione sobre a reivindicação. “Se o governador não sinalizar com uma negociação, entraremos em greve por tempo indeterminado”, informou o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Pará, João Moares.
LEI
Segundo ele, o Governo está usando de má fé ao suspender o pagamento, uma vez que a aprovação da Lei garante a previsão orçamentária anual. Os delegados também se sentem prejudicados já que, pelo acordo, o Governo retirou, no ano passado, o abono de R$780 da categoria para passar a efetuar a reposição salarial em uma única parcela ao ano. Nos anos anteriores o pagamento era realizado de duas vezes. “Exigimos o cumprimento da Lei e que o governador Jatene cumpra o que prometeu à categoria”, afirma João Moraes.
Na reunião de ontem também foi decidido que os delegados não vão aceitar tirar plantão remunerado, caso a greve seja deflagrada. No entanto, a redução do atendimento ao público só será deliberado na próxima assembleia geral, que deve ocorrer na quinta-feira (7).
(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
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