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Comando sabia do esquema de fraude

A coronel Ruth Guimarães, ex-diretora de apoio logística da Polícia Militar do Pará, é acusada de comandar a quadrilha que vendia, clandestinamente, viaturas da PM. O esquema começava com a seleção dos veículos, feita pela própria Ruth e o sargento Raimun

A coronel Ruth Guimarães, ex-diretora de apoio logística da Polícia Militar do Pará, é acusada de comandar a quadrilha que vendia, clandestinamente, viaturas da PM. O esquema começava com a seleção dos veículos, feita pela própria Ruth e o sargento Raimundo Nonato Sousa de Lima, que os repassavam, a título de doação, a instituições filantrópicas que, por sua vez, nunca receberam as viaturas.

Na verdade, os veículos eram entregues para o civil Nicanor Joaquim da Silva, que operava a venda para São Paulo e outros Estados. O Ministério Público Militar (MPM) apurou que a quadrilha faturou mais de R$ 15 milhões com a venda de 500 viaturas, todas em bom estado de conservação. O crime foi descoberto quando a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) passou a receber multas dos veículos que, até então, eram tidos como doados. A investigação apurou que os ex-comandantes gerais da PM João Paulo Vieira, Luís Ruffeil e Augusto Leitão participavam do esquema, assinando o termo de doação. Para o MPM, é impossível que, pela quantidade de carros, os coronéis não tivessem conhecimento do esquema.

Em interceptações telefônicas realizadas por ordem judicial, ficou constatado que Nicanor retirava os veículos nos batalhões da PM situados em várias cidades do interior do Pará. À época, as gravações revelaram, ainda, a existência de transações bancárias entre Nicanor, o sargento Raimundo Nonato e a coronel Ruth Léa, que recebiam o dinheiro da fraude.

Testemunha-chave foi assassinada a tiros

Considerado a testemunha mais importante na investigação das vendas ilegais de viaturas da PM, Nicanor Joaquim da Silva foi assassinado no dia 27 de outubro de 2013, na semana em que ia depor sobre o caso. Nicanor foi atingido com um tiro na cabeça próximo a Tucuruí. O crime, considerado como queima de arquivo, aconteceu quando o corretor trafegava pela Alça Viária.
Na época, o DIÁRIO apurou que a vítima foi levada de carro por um homem identificado por Paulo Rener Monteiro do Nascimento, morador da Terra Firme, para um encontro com seu sócio, o paulista Paulo André Proença.

Detido pela polícia, Rener disse que um homem conhecido apenas por “Antonio”, também morador da Terra Firme, seria o matador. O DIÁRIO tentou contato com a assessoria da Polícia Militar, que informou que como a coronel se encontra na condição de “inativa” da PM, a corporação não pode responder pelo caso.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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