Qualificação pode determinar novas oportunidades

Há pouco mais de um mês, a paraense Lorena Santos, de 22 anos, retornou a Belém depois de passar 2 anos trabalhando como secretária em um hospital na cidade de Goiânia. Após ser demitida, a jovem busca agora um novo desafio: a qualificação. Para isso, ela optou pelo curso de técnico em Radiologia. “Eu sempre trabalhei na área da saúde”, diz. “Não vejo a hora de poder trabalhar com isso. Gosto de ajudar as pessoas”, justifica Lorena.

O critério de afinidade utilizado por Lorena, é um dos primeiros passos que Nara d’Oliveira, especialista em Recursos Humanos da Gestor Consultoria, destaca na hora de buscar uma capacitação profissional. Avaliar a oferta do mercado para aquela área é importante e deve estar sempre associada para conseguir sucesso. “A qualificação passa por esses dois caminhos. As pessoas pouco fazem relação com a qualificação profissional e o que a cidade tem para oferecer. Mas existem carreiras que sempre estarão em alta”, destaca. O caso de Lorena é semelhante ao de milhares de pessoas. “É importante ter sempre uma segunda opção. Isso é o diferencial”, reforça Nara.

COMPORTAMENTO

Para a coordenadora de relacionamento com o mercado do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/PA), Ana Claudia Sena, no cenário de crise a qualificação é um passo importante para quem quer retornar ao mercado de trabalho. O mercado exige esse tipo de comportamento e está fazendo com que as empresas sejam mais criteriosas na hora da seleção. “E a capacitação entra como apoio, alinhada com o perfil que o cenário está exigindo”, garante.

Nesse sentido, o administrador Patric Souza, gerente de Recursos Humanos há 7 anos e atua como Coach de carreira (instrutor), destaca que é importante buscar conhecimento, mas não se pode perder o foco: é preciso manter o objetivo profissional. “É preciso buscar cursos que sejam diferenciais na sua área”, reforça. Souza diz ainda que o mercado está carente de mão de obra qualificada. “As áreas como de cobrança e T.I [Tecnologia da Informação] são grandes em Belém, mas falta profissional”, exemplifica.

CURSOS TÉCNICOS PARA CARREIRAS EM ALTA

Apesar de não serem tão valorizados no Brasil, esses profissionais são raros no mercado e a mão de obra acaba sendo melhor remunerada.

- Saúde – Dificilmente um profissional da saúde fica desempregado. É um segmento que sempre está em alta devido à necessidade de mercado ser estável. Enfermagem e Administração Hospitalar são bons exemplos.

- Engenharia – Carreiras ligadas à Engenharia são muito requisitadas, como Mecânica, Edificações, etc. Há um déficit grande desses profissionais.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)