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GERSON NOGUEIRA

Fenômeno pra inglês ver

Um modesto clube, que há um ano amargava a última colocação do Campeonato Inglês, é a grande sensação da temporada na terra da Rainha e dos Rolling Stones. Diante de portentos como Manchester United, Arsenal, Liverpool, Manchester City e Chelsea, mais end

Um modesto clube, que há um ano amargava a última colocação do Campeonato Inglês, é a grande sensação da temporada na terra da Rainha e dos Rolling Stones. Diante de portentos como Manchester United, Arsenal, Liverpool, Manchester City e Chelsea, mais endinheirados e tradicionais, o Leicester City cumpre campanha admirável, ocupa a ponta da tabela e virou o xodó de todos os que adoram o futebol.

O coroamento da incrível jornada do Leicester aconteceu sábado quando visitou e superou o Manchester City por 3 a 1. Resultado justo, normal e sem qualquer pinta de zebra. Reflexo apenas do futebol mais objetivo do Leicester contra um Manchester que parece ter perdido o viço e a ambição das últimas temporadas.
Na verdade, diante do Leicester, quase todos os demais times da Premier League – criada em 1992 – parecem repentinamente fora de moda. Mais ou menos como ocorreu com o emergente Blackburn de 1994, que assombrou a Inglaterra como penetra no banquete reservado aos clubes mais poderosos.

A diferença é que, mesmo sendo mais pobre que o United ou o Arsenal, o Blackburn contava com o sólido apoio financeiro do empresariado da cidade e conseguiu montar um timaço, comandado pelo artilheiro Shearer. A conquista não surpreendeu tanto porque um ano antes o Blackburn havia sido vice do Manchester United.

Como estamos falando do rico futebol britânico, o Leicester não é propriamente um descamisado do mundo da bola. É mantido por investidores, embora sua receita não chegue aos pés das fortunas que o russo Roman Abramovich gasta todos os anos com o Chelsea.

O crescente processo de elitização do futebol na Inglaterra, a partir da injeção de dinheiro vindo do exterior, passou a ter um ranço negativo representado pelo predomínio de quatro clubes – United, City, Chelsea e Arsenal. Uma panelinha que não permitia desde 94-95 que nenhum outro clube furasse o bloqueio.

Desportistas e jornalistas temiam que ocorresse com a Premier League o que já se verifica há várias temporadas no futebol espanhol, dominado pela tediosa batalha anual entre Real Madri e Barcelona. A Alemanha segue a mesma trilha, com o Bayern cada vez mais hegemônico. E a Itália não foge ao padrão, dividida há 13 anos entre Juventus, Internazionale e Milan.

A 15 rodadas do final da competição, o sonho desses românticos do futebol pré-globalização está perto de se materializar nesta temporada. Além do Leicester, que livrou boa vantagem sem assegurar o título, outro clube mediano também tenta chegar ao topo. Com desempenho brilhante, o velho Tottenham só não desperta tanta empolgação porque o Leicester concentra hoje todos os olhares.

Numa comparação com o futebol brasileiro, seria algo como se o Sport ou a Chapecoense conquistassem o título da Série A. Cenário absolutamente improvável nos dias atuais, o que permite concluir que até nisso a velha Inglaterra está à frente em termos de campeonatos interessantes e atraentes. Ou talvez seja apenas uma questão de melhor distribuição entre os clubes do dinheiro arrecadado com TV e patrocinadores, sem o vergonhoso fosso que existe no Brasil quanto à divisão dos recursos.

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