A mobilização nacional contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff levou muitas pessoas às ruas de Belém, na noite de ontem. O ato faz parte do Dia Nacional em Defesa da Democracia, realizado em todo o País. A manifestação estava prevista para iniciar às 17h, na Praça da República, mas a forte chuva que caiu no fim da tarde atrasou em duas horas o início da caminhada. Mesmo assim, os manifestantes pró-Dilma ganharam as ruas da cidade com bandeiras, cartazes e trio elétrico, gritando que “não vai ter golpe”.
A coordenação do movimento estimou a participação de 2.500 pessoas no início do ato e mais de 3 mil na dispersão, em São Brás. A Polícia Militar (PM) informou, porém, que 1.700 pessoas participaram da manifestação. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ato, em Belém, contou com a participação de partidos políticos como o PT, PCdoB, PSol, PCR e PCO, além da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Intersindical. Movimentos sociais e populares também participaram da manifestação.
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Segundo a presidente da CUT/PA, Euci Ana da Costa, a manifestação teve como principal objetivo defender a democracia no Brasil, garantindo o prosseguimento do mandato da presidente Dilma, eleita pelo povo. “O impeachment representa um golpe defendido apenas pelas grandes elites do Brasil, por isso não vai ter golpe, vai ter luta em todo o Brasil”, disse. Os manifestantes também criticaram o ajuste fiscal e a atual política econômica do Governo Federal.
DEFESA
Para o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Francisco Mello, o impeachment é liderando por segmentos contrários às políticas sociais e incomodados pelo combate à corrupção no atual Governo. O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Carlos Bordalo, afirmou que “o golpe” será um retrocesso na democracia e no combate à corrupção no País. O representante da juventude do PSol, Caio César, disse que, apesar de dissidente do PT, o partido está unido contra o impeachment. “Somos contrários ao ajuste fiscal, mas não acreditamos que a cassação de Dilma não vai resolver os problemas do Brasil.”
(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)
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