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Pesquisa sobre samba leva a melhor

O samba “Massemba, Semba e Samba” foi a grande vencedora do VII Festival de Música Popular Paraense, além de conquistar o prêmio de Melhor Arranjo, em uma grande noite de premiação na Assembleia Paraense. A vitória determinada na votação do júri pode ter

O samba “Massemba, Semba e Samba” foi a grande vencedora do VII Festival de Música Popular Paraense, além de conquistar o prêmio de Melhor Arranjo, em uma grande noite de premiação na Assembleia Paraense. A vitória determinada na votação do júri pode ter levado em consideração apenas o que se viu no palco, mas se torna ainda mais assertiva diante da história de sua criação e da preparação de seu intérprete, Joba Barreto, para a disputa. É o que o trio, formado pelo cantor e os compositores Ziza Padilha e Dudu Neves, conta em entrevista ao Você.

Joba, conhecido como um dos vocalistas da Banda Warilou, e que já havia gravado em demo a canção premiada, conta que a preparação para o festival foi realizada soba coordenação de Ziza Padilha, “que é um cara incansável e de bom gosto extremo”. Um trabalho que não veio sem grandes desafios. “Além do compasso ser um 7/4, que é um tempo muito atípico na música, tem a questão do jogo de palavras e a melodia que vem em três formas. O carinho e a competência que o Ziza tem em elaborar melodias e arranjos é o desafio para qualquer cantor e comigo não seria diferente”, completa.

Pela primeira vez se apresentando no festival, ele afirma que a importância deste é justamente lançar novos trabalhos e artistas. “Na própria banda tem pessoas que pisaram aqui pela primeira vez e com uma competência e profissionalismo incríveis”, declara. E mais que isso, para ele o festival traz o respeito que todos os artistas esperam receber na cena musical paraense. “Normalmente, aqui no Pará, a gente ainda é carente, não de público, mas desse respeito profissional. E a RBA está de parabéns pelo respeito com o qual nos tratou”, elogia.

MÚSICA

Para Ziza, habituado a compor diariamente, foi uma alegria o reconhecimento pela composição que nasceu de um longo trabalho. A música – sem letra – havia surgido em um laboratório de composição, enquanto ele explicava para seus alunos como fazer música utilizando tecnologia. “Quando mostrei para o Dudu, ele falou: ‘Vamos botar uma letra nisso aqui’, e falei para ele qual era a influência da música. Expliquei que ela veio dessa influência dos africanos no samba e conta justamente a história do negro chegando no navio negreiro trazendo todo esse ritmo para o Brasil”, conta ele.

O parceiro, Dudu Neves, com o qual acaba de conquistar o tricampeonato no festival, foi em busca dos ritmos, que para ele já tinham “um perfume de samba ancestral”, e buscando na história encontrou que “o ritmo veio da África através de ‘massemba’, que era uma alegria muito grande, mas trazido com a tristeza da escravidão, que era ‘semba’, ao Brasil; e depois se transformou nessa alegria novamente, que é o samba – nosso patrimônio”, detalha ele.

Para Ziza, é neste aspecto, da criação elaborada que está o grande valor dos festivais. “O bom do festival é que a gente para de pensar a música como produto e, mesmo assim, você percebe que ela tem um público consumidor. O que não temos é a oportunidade de tocar, e isso o festival nos dá. Porque ou você vai fazer uma música ‘radiofônica’, que já tem um padrão, ou você vem para o Festival da RBA”, pontua o músico, que participa do evento desde sua primeira edição, mostrando o que está fazendo de novo e em ritmos variados. “Já escrevi valsa, escrevi choro, fusão de ritmos, já estou fazendo mais uma fusão de sambas”, enumera.

Dudu Neves ressalta ainda a felicidade de ganhar com o samba de Ziza, um exemplo do samba paraense, que ele confirma ser diferente daquele encontrado em outras partes do país. “O samba daqui tem um sotaque próprio dessa mistura de índio, negro e branco, nessa região da linha do Equador. Mas o mais importante é que ele também representa o samba brasileiro”, enfatiza.

Este entendimento de que a música paraense faz parte de um cenário maior e que precisa estar visível é o que destaca também o diretor-presidente do DIÁRIO DO PARÁ, Jader Filho, que acompanhou o evento desde a primeira música apresentada até a entrega dos prêmios. “O festival é uma oportunidade de divulgar o trabalho dos músicos, até porque muitos cantores e compositores têm o talento, mas não têm a oportunidade de mostrar isso. E essa plataforma multimídia, divulgando as músicas pela RBA TV, pelo DOL, pelas rádios e pelo DIÁRIO DO PARÁ, é a oportunidade de abrir caminhos para essas pessoas e dar ao público uma visão do que está sendo produzido no Estado”, destacou.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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