Saiba como se livrar das espinhas

Se existe algo extremamente desagradável é acordar, olhar no espelho e ver o rosto repleto de espinhas. Apesar de ser mais comum no período da puberdade – a fase de transição da infância para a adolescência –, muitos adultos também sofrem com o problema, por inúmeras causas: de questões hormonais e cuidados com a higiene a até pré-disposição genética. Além de prejudicar a estética, a acne também pode ser bem dolorosa em algumas situações.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), estima-se que a acne acomete 95% dos meninos e 83% das meninas com 16 anos de idade ao redor do globo. Em geral, a acne costuma ser vista como um problema comum. Entretanto, trata-se de uma doença de pele que necessita de tratamento adequado. Caso contrário, pode ocasionar sérias lesões.

Mestre em clínica de doenças tropicais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a dermatologista Adriana Simões explica que a acne afeta uma estrutura da pele chamada folículo pilo-sebáceo. Isto ocorre quando há uma obstrução do óstio ou orifício folicular. Significa dizer que, na base dos pelos, existe uma glândula sebácea que secreta sebo - o que promovendo o entupimento e obstrução do orifício, formando a acne.Mais frequente no rosto, a principal causa da acne é o fator genético. Ou seja, se os pais têm histórico de acne, é provável que o adolescente possa apresentar o problema. A acne também pode acometer a região de peitoral e ombros. Segundo a especialista, nessas áreas o problema está mais ligado a alterações hormonais em mulheres, além do uso de suplementos proteicos, vitaminas ou anabolizantes por ambos os sexos.

CUIDE DESDE CEDOO

O mal é ainda relacionado à falta de higiene, exposição ao sol, consumo de alimentos gordurosos e ao estresse. “O estresse por si só já aumenta a secreção sebácea e pode contribuir com a produção interna de cortisol, um hormônio que funciona como um ‘anabolizante’ natural”, explica a dermatologista Adriana Simões. Em estágios mais avançados, além deixar cicatrizes, o problema costuma interferir no emocional, principalmente entre adolescentes. Por isso recomenda-se também recorrer ao especialista o quanto antes; ele indicará o tratamento mais adequado, conforme cada caso.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)