Hospitais fechados geram protesto

Moradores de Capanema fizeram uma manifestação para reivindicar a abertura dos 2 principais hospitais da cidade, que estão fechados. O protesto foi em frente ao Hospital São Joaquim, que está de portas cerradas há 2 anos. A outra unidade é o Hospital das Clínicas, que não recebe pacientes há 4. O problema faz com que grande parte da população busque recursos médicos em outros municípios.

Atualmente, além da Unidade de Pronto atendimento (UPA), o município dispõe apenas de 2 pequenos hospitais, o Saúde de Center, com 28 leitos; e a Clínica Dr. Pedrosa, com 30. O movimento “Reage Capanema”, foi fundado por Frederico Braun, proprietário do Hospital das Clínicas, que dispõe de 100 leitos e era referência em Obstetrícia no município. Frederico conta que sua casa de saúde fechou as portas por falta de incentivo do Governo do Estado. “A população é quem paga as picuinhas políticas”, disse. Além do público da cidade, o Hospital das Clínicas atendia à grande demanda do interior, vindo de vilas como Tauari, Mirasselvas, e também moradores de comunidades de Tracuateua.

O Hospital São Joaquim, que pertencia à família do deputado Eduardo Costa (PTB), foi comprado pelo Governo do Estado em 2012, com a promessa de ser revitalizado para funcionar como casa de saúde estadual e até esta data permanece fechado.

Agora, praticamente todo o município e vizinhança dependem da UPA, que vive lotada de pacientes. “Não podemos permitir que essa situação fique”, disse a líder comunitária Elisa do Carmo. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) informou que o Hospital Regional de Capanema foi desapropriado em 2014 pelo governo estadual e está previsto para ser entregue à comunidade no segundo semestre de 2016. Porém, segundo a nota, ainda está sendo articulado todo o processo para o início da obra. A licitação para a execução da obra ocorreu no dia 10 de julho último.

(José Clemente Schwartz/Diário do Pará)