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POLÍCIA

Missionários da igreja anglicana são assaltados

Um grupo de 6 religiosos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (Ieab) e do Canadá (Ieab) foram vítimas de assalto a mão armada quando saíam da paróquia, localizada na passagem São Jorge, no bairro da Terra-Firme, em Belém, na manhã de ontem. Os represen

Um grupo de 6 religiosos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (Ieab) e do Canadá (Ieab) foram vítimas de assalto a mão armada quando saíam da paróquia, localizada na passagem São Jorge, no bairro da Terra-Firme, em Belém, na manhã de ontem. Os representantes da Ieab visitavam a comunidade para mostrar aos estrangeiros o trabalho de evangelização feito na área, além da realidade em que vive o povo local. O reverendo Marcos Barros, da Diocese Anglicana da Amazônia, contou que o bispo primaz da Ieac, Dom Frederick Hiltz e o reverendo Allan Feheley, juntamente com o bispo primaz da Ieab, Dom Francisco de Assis da Silva, estiveram na cidade para conhecer o trabalho de evangelização na comunidade da Terra Firme à convite do bispo da Diocese, Dom Saulo Barros.

Na manhã de ontem, por volta das 11h30, depois de visitar a paróquia da comunidade do bairro, o grupo estava em 2 carros quando foi abordado por 2 homens. “Eles primeiro foram no veículo de trás, que estava com o bispo Saulo, a esposa e missionária, o reverendo e o primaz do Canadá. Eu estava no carro da frente com o primaz do Brasil olhando a ação, porque na hora não tinha como sair dali. Não tinha o que fazer e ficamos esperando a nossa hora”, relatou o reverendo Marcos.

Ele disse ainda que os homens mandavam que ninguém olhasse para os rostos deles e que, aparentemente, apenas um estava armado, apontando o revólver para as vítimas.

Foram levados 7 aparelhos celulares, 3 relógios, R$ 515 em dinheiro, além de vários cartões de crédito nacionais e internacionais. Os anéis episcopais de ouro dos bispos primais também foram roubados. “Independente do choque, nós, brasileiros, vemos este tipo de violência a todo instante e nós buscamos nos empenhar em não achar isso normal. Mas os canadenses não têm este nível de assalto pelas ruas no país deles”, lamentou Marcos.

VISÃO ESTRANGEIRA

“Um membro da igreja perguntou ao arcebispo canadense o que mais havia impressionado aqui. E ele disse, quase chorando, que foi ver as crianças assistindo toda aquela violência”, relatou o reverendo Marcos. Segundo o reverendo, a paróquia da comunidade está com a reforma parada por conta das obras de macrodrenagem da Bacia do Tucunduba e que, por conta disso, o trabalho de evangelização ocorre nas casas das famílias, principalmente com crianças que vivem às margens da sociedade.

“Nessas horas nós temos que ser a igreja. Ao mesmo tempo que sentimos raiva ao ser maltratados daquele jeito, sentimos tristeza e frustração porque não conseguimos mudar a realidade. Nós entendemos que aquelas 2 pessoas foram algozes e também fruto de injustiças sociais”, refletiu o reverendo Marcos Barros. O caso foi registrado na Seccional Urbana de São Brás e tramitado para a Unidade Integrada Pró Paz (UIPP) da Terra Firme. Mas, de acordo com o delegado João Carlos, o Boletim de Ocorrência deve ser tramitado para a UIPP do Guamá.

“Verificamos que o relator informou a localidade como Terra Firme, mas ali ainda é Guamá. Mesmo assim, tomamos a frente de fazer o levantamento de suspeitos, pois no B.O uma pessoa que conhece o autor do assalto informou que ele costuma praticar roubos naquela área”, explicou o delegado João Carlos, que aguarda as vítimas para reconhecimento dos suspeitos por fotos.

(Emily Beckman/Diário do Pará)

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