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Círio levou mais de 150 mil fiéis às ruas

Quando a berlinda que abrigava a imagem de Nossa Senhora das Graças tomou as ruas do distrito de Icoaraci, na manhã de ontem, foi acompanhada por uma multidão formada por cerca de 150 mil pessoas. Segundo estimativas da organização do Círio, que é realiza

Quando a berlinda que abrigava a imagem de Nossa Senhora das Graças tomou as ruas do distrito de Icoaraci, na manhã de ontem, foi acompanhada por uma multidão formada por cerca de 150 mil pessoas. Segundo estimativas da organização do Círio, que é realizado há 63 anos, este ano o número de fiéis foi maior do que o observado em 2014, quando 130 mil pessoas participaram da procissão.

Saindo da Igreja de São Sebastião, na orla de Icoaraci, a caminhada foi envolvida por uma série de homenagens organizadas no percurso, que encerrou na Paróquia de São João Batista, a Igreja Matriz do distrito. Na procissão, marcada pelo sol intenso, as orações rezadas em cima do trio elétrico se misturavam às músicas cantadas nas casas onde homenagens eram realizadas.

O padre e pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Fabrício Albuquerque destacou que Maria aponta o caminho para que se possa servir a Cristo, daí o principal objetivo do Círio. “Na escola de Maria, passamos a aprender o caminho para amar e servir a Cristo”. Recebendo, junto com a berlinda a chuva de papel picado feita por devotos, a dona de casa Maria Quaresma, 38 anos, aproveitava o Círio para agradecer pela saúde da neta Rafaelli Vitória, de 2 anos. Vestida como uma anjinha, a criança sorria animada no carro dos anjos. “Quando ela tinha 3 meses, desmaiou e quase entrou em coma. Ela teve esses problemas de desmaio até os 7 meses”, contou.

GRAÇAS

Acreditando que o encerramento das crises de desmaio da neta ocorreu pela interseção de Nossa Senhora das Graças, Maria espera repetir a promessa até que Rafaelli se torne adolescente. “Eu tenho muito a agradecer”. A dona de casa Marizete Socorro, 36 anos, fez questão de levar o filho Luis Gustavo, 2 anos, até a procissão. “Ele nasceu com uma alergia e hoje está bem de saúde”. Sem medir esforços para acompanhar a romaria, a dona de casa Anedina Almeida, 64 anos, se apoiava no carro que levava a imagem de São João Batista, poucos metros à frente da berlinda com a imagem de Nossa Senhora das Graças. De todas as graças já alcançadas, a mais valiosa para ela é a própria saúde. “Eu sou muito agradecida a Nossa Senhora”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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