Obras abrem caminhos para o futuro do Estado

A primeira licitação para o derrocamento do Pedral do Lourenço, baseada em projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi lançada em 2010 e vencida pela empresa Triunfo Iesa Infraestrutura S.A. Depois de homologado o certame, porém, o governo, sem maiores explicações, cancelou o processo licitatório.

A segunda licitação foi lançada pela presidente Dilma Rousseff em Marabá, no dia 20 de março do ano passado, para um novo projeto, este baseado em estudo contratado pela Vale a uma empresa particular e formatado em sua versão final pela Universidade Federal do Paraná.

A abertura das propostas, prevista inicialmente para o dia 8 de maio do ano passado, acabou transferida para o dia 30 do mesmo mês. Na véspera, porém, a empresa Triunfo – alijada pelo governo três anos antes e na época declarada “inidônea” – foi à forra e impugnou, perante a Justiça Federal, o certame licitatório. A título de justificativa para o pedido, a empresa apontou a inviabilidade da exigência de seguro de obras, feita pelo DNIT, e alegou vício constante do instrumento de convocação pela inexistência da previsão de Estudos de Impacto Ambiental e Licença Ambiental Prévia. A Justiça acolheu o pedido e mandou cancelar o processo licitatório.

AVANÇOS

Entre os grandes projetos estruturantes que dependem da hidrovia, podem ser enumeradas a extensão da Ferrovia Norte-Sul ligando Açailândia, no Maranhão, ao município de Barcarena, e também a futura construção do terminal marítimo do Espadarte, no litoral de Curuçá, projetado como um dos maiores do mundo.

Em termos econômicos, a hidrovia é considerada também um pré-requisito para a implantação de uma grande siderúrgica na região de Marabá e para o consequente surgimento de um polo metalomecânico nas regiões sul e sudeste do Pará.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)