Bancários e Banpará não entram em acordo

Uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Bancários do Pará e representantes do Banco do Estado do Pará (Banpará), na noite desta segunda-feira (5), terminou sem acordo entre as partes e a greve geral da categoria está confirmada para iniciar nesta terça-feira (6).

Além do Sindicato dos Bancários do Pará, a reunião contou ainda com outros órgãos representativos dos trabalhadores Contraf-CUT, Fetec-CUT Centro Norte, CUT Pará e Afbepa.

De acordo com publicação no site do sindicato, as entidades sindicais consideraram essa como uma das rodadas mais cansativas e improdutivas dessa Campanha Nacional 2015.

"Logo de início, o banco tentou impor sua pauta para a greve da categoria, ao informar que ainda não liberou o pagamento da folha de outubro dos funcionários e tencionou para que funcionários comissionados e terceirizados possam “furar” a paralisação nacional da categoria que começa nessa terça-feira", diz a publicação.

"Em tom de ameaça, o Banpará afirmou que, caso isso não ocorresse, seria impossível o pagamento não apenas da folha, como também da Ciriana, que é a antecipação do 13º salário no período do Círio de Nazaré", alegou o sindicato.

O Sindicato afirma ainda que já encaminhou pedido de liminar na Justiça do Trabalho para garantir o pagamento da Ciriana, o qual é praticado há 52 anos pelo banco.

Os bancários disseram que a reunião teve muita conversa, pouco avanço e chamaram de intransigente a postura do banco.

Reivindicações no Banpará:

- Mais contratações e melhoria das condições de trabalho;

- Mais investimentos em segurança e na prevenção contra assaltos e sequestros;

- Valorização e incorporação das funções;

- Critérios claros para comissionamentos e descomissionamentos;

- Estender o Plano de Saúde aos aposentados inativos e aos ascendentes;

- Espaço para descanso em todas as unidades;

- Combate às metas abusivas e a todas as formas de assédio;

- Distribuição de PLR linear para todos;

- Valorização do anuênio;

- Promoção por merecimento para todos em janeiro de 2016.

Por telefone, o DOL tentou contato com o Banpará, mas ninguém foi encontrado para falar do assunto até o fechamento desta reportagem.

(DOL)