No dia 23 de março de 2014, uma balsa atingiu a ponte que dava acesso ao município de Moju, no nordeste paraese, tombando parte da estrutura e iniciando uma série de problemas e polêmicas na região. Um ano em meio depois do acidente, o caso ainda provoca confusão.
A mais recente foi a publicação, nesta quarta-feira (18), no Diário Oficial do Estado do Pará, sobre a contratação de “prestação de serviços da travessia marítima de pessoas, veículos e cargas por meio de lancha, na entrada e saída do Município de Moju , substituindo a travessia pela ponte”.
O que chama a atenção é o prazo de validade do contrato: até 18 de abril de 2016, quatro meses além do prazo estipulado para a conclusão das obras de revitalização da ponte.
O Diário Oficial publicou o contrato, avaliado em mais de R$ 1 milhão e que terá vigência até 18 de abril de 2016. (Foto: reprodução)
A contratação do serviço, com valor total avaliado em R$ 1.119.552, foi firmada com a empresa Arapari Navegação LTDA, pertencente à família da deputada estadual tucana Ana Cunha, do PSDB, mesmo partido do governador do Estado, Simão Jatene. A mesma empresa já é uma das três responsáveis pelas balsas que já realizam o transporte sobre o rio, e que faturaram cerca de R$ 15 milhões até abril deste ano.
Apesar da contratação do serviço de transporte até para abril do próximo ano, não houve um comunicado oficial do governo sobre o adiamento do prazo para conclusão das obras na ponte ou sobre qual a necessidade de realizar o transporte alternativo após a reinauguração da ponte.
O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Transporte e aguarda posicionamento sobre o caso.
(DOL)
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