Pais de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Pedreira, estão indignados com a falta de professores. Eles foram distratados pelo Governo do Estado em junho passado, mas não houve nova contratação. A consequência é que duas turmas, de 2ª e 3ª séries do ensino fundamental, estão sem aulas neste segundo semestre do ano letivo.
Augusto da Silva, de 47 anos, é funcionário público e tem dois filhos matriculados na escola. Um deles cursa o 2º ano, está sem estudar na escola e o pai dele teve de pagar aulas de reforço. “O Governo do Estado teve o mês de julho inteiro para fazer nova contratação e não fez, não houve um planejamento para isso. O outro filho de Augusto, que cursa o 5º ano também deverá passar alguns dias sem aula. A professora da turma irá entrar de licença médica hoje e não haverá professora substituta.
MESMO SEM EMPREGO, MÃE TEM DE PAGAR AULA DE REFORÇO
Ryan Lima tem 9 anos e cursa o 3º ano, turma que tem aproximadamente 20 alunos. Mas, segundo a mãe dele, Luana Lima, a turma do filho está sem aula porque não há professor. Para não deixar o filho sem estudar Luana, que está desempregada, trabalha fazendo “bicos” para pagar mensalmente R$ 90 para as aulas de reforço de Ryan.
A mãe contou que liga quase todos os dias para a direção da escola em busca de datas para o retorno das aulas, mas a resposta sempre é negativa. “Eles continuam dizendo que não há professor e que não tem previsão para contratação”.
A reportagem tentou falar com a direção da escola, mas foi informada que a diretora estava fora do local justamente tentando resolver esta situação.
REFORMA
Segundo o supervisor de distribuição, Luiz Sérgio, de 32 anos, pai de uma aluna do 5º ano, a escola deveria ter passado por uma reforma. No entanto, apenas as paredes foram pintadas. “As infiltrações e rachaduras continuam. Tem sala que não tem ventilador”, relatou. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.
Veja mais fotos que retratam a falta de aula e de condições da escola.
(Emily Beckman/Diário do Pará)
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