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Esclerose Múltipla: você precisa conhecer

Com o objetivo de aumentar a visibilidade e esclarecer dúvidas, a Associação de Apoio aos Portadores de Esclerose Múltipla do Pará (AAPEM-PA), promove neste domingo (30), das 8h às 12h, na Praça da República, uma ação de conscientização sobre a Esclerose

Com o objetivo de aumentar a visibilidade e esclarecer dúvidas, a Associação de Apoio aos Portadores de Esclerose Múltipla do Pará (AAPEM-PA), promove neste domingo (30), das 8h às 12h, na Praça da República, uma ação de conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A programação acontece no Dia Nacional da Esclerose Múltipla. A doença ainda é bastante desconhecida.

Pacientes, familiares, amigos e profissionais da saúde estarão no local divulgando e orientando a população sobre a doença. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), cerca de 35 mil brasileiros são vítimas. A manifestação da doença geralmente ocorre entre os 20 e 50 anos, predominante em mulheres.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal e que interfere na capacidade do cérebro e da medula espinhal para controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras.

Karina Cecim, presidente da AAPEM-PA, conta que entrou na Associação após a filha ser diagnostica com a doença, aos 15 anos. “Em 30 dias ela teve todos os sintomas da doença. A situação começou quando ela estava em pé e, do nada, caiu. Ela começou puxar a perna, mas achamos que ela tinha lesionado o joelho. Na semana seguinte a visão começou a ficar turva, mas achava que era porque ela estava estudando direto. Depois ela sentia o braço dormente, mas achávamos que era porque tinha dormindo por cima do braço. Ai ela continuou uns quatro dias com o sintoma e foi quando procuramos o médico, que após solicitar uma ressonância magnética e da medula espinhal, que foi sugerido que ela podia estar com a doença”, detalha.

VERGONHA

Atualmente cerca de 120 pessoas estão cadastradas na Associação, porém, muitas têm vergonha de assumir a doença. “Eu não sei porque, mas muitas pessoas têm vergonha. Os pais falam que o filho caiu, por isso puxa a perna. E não tem porque. Não é uma doença contagiosa. A esclerose múltipla não escolhe idade, cor ou classe social, pode ser em qualquer pessoa”, completa Karina.

A filha de Karina, que hoje tem 18 anos, consegue viver bem e tem acompanhamento médico. “A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas tem controle e a medicina está avançando cada vez mais. As vezes a pessoa pode ter um surto, mas com o controle da medicação consegue viver bem. Por isso é muito importante ter o conhecimento do tratamento e da doença, pois afeta toda a família. A obrigação é do Estado dar os medicamentos”, diz.

A presidente da AAPEM-PA diz ainda que é importante que a pessoa que seja vítima da esclerose múltipla seja acompanhada por um neurologista, fonoaudiólogo, oftalmologista, psicólogo, entre outros profissionais.

“Queremos juntos mostrar para a sociedade a importância de conhecer a doença, que hoje é um pouco mais conhecida pelo fato da atriz Cláudia Rodrigues, aquela que fazia a diarista, ter sido diagnostica com a doença. Então vãos juntos nos unir neste ato amanhã. Todos estão convidados”, finaliza.

“Eu fui diagnosticada em 2010, quando tinha 35 anos. Eu tentava lavar uma louça, mas as coisas caiam da minha mão, tentava abrir a janela e a claridade incomodava, tentava andar de bicicleta e não conseguia, parecia que estava bêbada, mas só procurei um médico quando paralisou meu rosto. Fiz uma tomográfica e não apareceu nada. Só diagnosticamos a doença após uma ressonância”, conta a funcionária pública Beatriz Souza, de 40 anos, vítima da esclerose múltipla.

Ela conta que ficou afastada quatro meses do trabalho para realizar o tratamento. “Quando o primeiro médico me deu o diagnostico eu fiquei desesperada. Ele disse ‘corra contra o tempo’. E foi isso que decidi fazer. Fiz o tratamento da pulsoterapia, que são corticóides na veia e graças a Deus, respondi bem ao tratamento”.

Beatriz é casada, tem uma filha de 13 anos e leva uma vida normal. “Consigo levar minha vida normal. Tomo o medicamento três vezes na semana. A minha felicidade é poder acordar, fazer o café para minha família, me arrumar, ir trabalhar, viajar. Meu marido é um super companheiro e me motiva a cada dia. E muito importante que a família não tenha pena, e sim motive”.

A funcionária pública deixa uma mensagem de auto estima. “Eu era muito estressada antes de diagnosticar a doença. E eu acredito que isso veio para me dar um puxão de orelha. Vejo como uma segunda oportunidade de viver. Hoje levo as coisas na esportiva e tento ser um ser humano melhor. Acho que é assim que as pessoas têm que encarar a vida”.

(Ana Paula Azevedo/DOL)

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