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Com AVC, idoso não consegue internação

Há uma semana, a dona de casa Maria de Fátima Capela, de 62 anos, enfrenta um dos maiores desafios da sua vida: salvar o próprio marido. Em cima de uma cama, sem fala e sem movimentos nos braços e pernas, o engenheiro aposentado Raimundo Sebastião dos San

Há uma semana, a dona de casa Maria de Fátima Capela, de 62 anos, enfrenta um dos maiores desafios da sua vida: salvar o próprio marido. Em cima de uma cama, sem fala e sem movimentos nos braços e pernas, o engenheiro aposentado Raimundo Sebastião dos Santos Melo, de 79 anos, luta para viver.

A saga em busca de leito para o idoso começou quando ele apresentou os sintomas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A esposa e a filha, Andreia Melo, 24, foram a diversos locais em busca de atendimento para Raimundo, mas o paciente teve de voltar para casa sem internação hospitalar.

Na Unidade de Saúde da Marambaia, local mais próximo da casa da família, o médico, segundo Maria de Fátima, teria dito que a unidade estava sem recursos suficientes para o atendimento e apenas passou um soro. “Com palavras feias, o médico disse que o ‘104’ não tinha nem medicamentos e nem suporte adequado para internação do meu marido”, lembra a dona de casa.

Em seguida, eles foram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci, distrito de Belém, mas as dificuldades continuaram. Segundo a filha, o idoso permaneceu em uma maca durante um dia inteiro e apenas uma sonda foi introduzida para facilitar a alimentação do aposentado, mas ele foi liberado para casa novamente.

Maria de Fátima não desistiu e foi até o município de Marituba atrás de atendimento. Após tanto tempo acamado, apareceram feridas nas costas e região glutea do idoso. Mesmo assim, o idoso foi novamente recusado, sob a justificativa de que iria contaminar o hospital e os outros pacientes.

PSM

Por último, ela foi orientada a recorrer ao Pronto-Socorro Municipal do Guamá (PSM do Guamá). Sem leito disponível, a família retornou para casa sem internação para Raimundo Melo. Agora, a família não sabe a quem recorrer e apela pela vida do idoso. “Lá no hospital de Marituba não deram nem comida pra ele. Disseram que tínhamos que almoçar em casa. No PSM do Guamá não tem leitos. O meu medo é de ver meu marido falecer na minha frente sem os recursos que deveria ter”, lamentou.

Em um mês, o gasto só com remédios e fraldas descartáveis toma praticamente toda a renda do idoso. “Em média, utilizamos de três a quatro mil reais com ele”, contou a filha Andreia Melo. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), mas não obteve retorno.

(Diário do Pará)

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