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Atendimento precário na saúde municipal continua

Na noite da última segunda-feira, Everton Lima Coelho, 14, queria brincar dentro de casa. Ele corria ao redor da mesa da cozinha. Na euforia, não se importou com o piso molhado, escorregou e feriu o joelho. Everton mora com os familiares na comunidade Ar

Na noite da última segunda-feira, Everton Lima Coelho, 14, queria brincar dentro de casa. Ele corria ao redor da mesa da cozinha. Na euforia, não se importou com o piso molhado, escorregou e feriu o joelho.

Everton mora com os familiares na comunidade Arapari, área ribeirinha do município de Barcarena. O primeiro atendimento foi feito no hospital da cidade. Segundo a avó, Erondina Lima Coelho, 59, o adolescente levou 30 pontos no joelho. Após os curativos, foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal do Guamá, a 330 quilômetros de onde mora, para verificar se algum osso tinha quebrado e receber atendimento adequado.

Por volta das 8h de ontem, os dois chegaram ao PSM do Guamá. Erondina contou que ficou surpresa com o que viu no posto de saúde, com corredores lotados e demora no atendimento. O neto foi atendido quase duas horas depois de ter chegado. Segundo ela, os médicos apenas olharam o raio x e o encaminharam de volta a Barcarena para ele se tratar por lá.

“Disseram que quebrou a ponta de um osso que eu nem sei qual é. Ele está com dor e não deram nada para ele tomar. Não passaram curativo, remédio, nada. Só tomou soro mesmo lá em Barcarena. A gente fez toda essa viagem para chegar aqui e só isso. O médico nem tirou a faixa da perna dele para olhar”, reclama a avó.

Everton sentia dores na perna, que inchava e era apoiada por uma mochila com roupas dele. Desde o acidente até o fim da manhã de ontem, ele não tinha se alimentado. Sentado numa cadeira de rodas, Everton aguardava do lado de fora do PSM a ambulância de Barcarena ir apanhá-lo com a avó. Mesmo que quisessem esperar dentro do pronto-socorro, não conseguiriam. A unidade estava lotada. “Tem tanta gente que não dá para andar ai dentro. É péssimo esse atendimento da saúde”, reclamou Erondina.

JURUNAS

Há dois meses, o diabético e hipertenso Hermilo Magno Pantoja, 63, sai da Unidade Municipal de Saúde (UMS) do Jurunas, na rua Fernando Guilhon, com a mesma informação: “Não há seringa nem insulina para o meu tratamento’’. Segundo ele, com o encaminhamento médico dá para conseguir a insulina de graça em farmácias populares. O mesmo não ocorre com as seringas.

Ele precisa de três aplicações diárias de insulina. Cada seringa custa R$ 3,50. Para ele, pesa no orçamento de quem ganha um salário mínimo. “Faz quatro anos que descobri que tenho diabetes. Esse tipo de tratamento aqui é constante. Sempre faltam as coisas. Agora é a seringa que não tem.” A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento
desta edição.

(Diário do Pará)

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