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Secretário diz que situação é "atípica"

O secretário de Estado de Segurança Pública, general Jeannot Jansen, em coletiva de imprensa realizada ontem à tarde, na sede da Segup, anunciou que desde ontem houve uma intensificação de operações policiais em todo o Pará. Ele informou que o número de h

O secretário de Estado de Segurança Pública, general Jeannot Jansen, em coletiva de imprensa realizada ontem à tarde, na sede da Segup, anunciou que desde ontem houve uma intensificação de operações policiais em todo o Pará. Ele informou que o número de homicídios caiu no primeiro quadrimestre do ano - 5% no Estado e 15% na Região Metropolitana de Belém -, e classificou como “atípico” o último fim de semana, quando 41 pessoas morreram assassinadas entre os dias 22 e 25 de maio em todo o Pará, sendo 21 só na Grande Belém, entre elas dois universitários de 19 e 23 anos e uma criança de apenas oito anos - com dados atualizados da Inteligência da Polícia Civil repassados durante a entrevista. “A quase totalidade de nós tem essa sensação de intranquilidade, é natural”, afirmou.

Ele descartou a possibilidade de ajuda das Forças Armadas. “Se fosse para chamarmos as Forças Armadas, seria para aumentar a fiscalização das fronteiras, e aí sim o tráfico de entorpecentes, por exemplo, seria bem menor”, justificou o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino - e mesmo negando tratar-se de um “autoelogio”, ainda enalteceu a competência e experiência de toda a sua equipe. “São acontecimentos fora da curva, seria muito ruim da nossa parte permanecer inerte. Nos sentimos como responsáveis e há a necessidade de uma resposta à altura, a fim de tranquilizar a sociedade”, disse o secretário, abrindo a coletiva. “Estamos otimizando operações bem-sucedidas e realizando algumas substituições e redirecionamentos. Medidas extraordinárias estão sendo tomadas e os resultados virão, eu estou seguro, convicto do êxito que teremos”,
declarou.

O secretário adjunto da Segup, coronel Rilton Benigno, detalhou pouco as mudanças efetivas e declarou não ser “razoável” publicizar o local onde as operações se darão. “Agiremos de forma integrada com todos os órgãos da Segurança Pública, em níveis estadual e municipal, intensificando a segurança ostensiva, algumas ações repressivas serão realizadas em locais onde há a possibilidade de ocorrência de delitos, faremos barreiras policiais ao longo dos principais eixos de tráfico da RMB, operações para coibir a comercialização de drogas e com foco também na apreensão de armas de fogo”, explicou. A equipe informou que se reúnirá às segundas-feiras para uma breve avaliação da atuação, e em seguida o efetivo volta para as ruas para repetir a operação. O comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberto Campos, adiantou, sem falar em números, que servidores lotados em setores administrativos da PM irão para a rua para engrossar o efetivo.

CRÍTICAS

Comandante geral das forças armadas do Estado, o governador Simão Jatene (PSDB) não compareceu à coletiva, mesmo tendo sido, durante a manhã, em sessão ordinária na Assembleia Legislativa, alvo de muitas críticas feitas por parte da base de oposição ao Executivo - ao mesmo tempo em que a base aliada tentava, de forma sofrida dada a gravidade dos fatos, defender o chefe de Estado. O líder do PMDB no parlamento, Iran Lima, foi incisivo. “É descaso. Faltam ações proativas, escola em tempo integral para formar melhor, existe uma omissão do Jatene e a base aliada o defende! Estamos diante de uma greve de 70 dias da rede estadual de ensino e o governador não senta para resolver, e isso evolui, reflete na Segurança Pública. Aluno que não está na escola está na rua”, enumerou o deputado. “É construção e o Estado tem que ajudar, e se omitir é ação criminosa. Realmente, é missão impossível, para um líder de governo, defender o governador. O povo do Pará não o elegeu para que ele se omitisse”, desabafou o parlamentar

“Já se provou que o sistema de Segurança Pública do Estado está falido, só repreende e constrói presídio e a insegurança vem crescendo porque não se investe no futuro, em educação, estamos em greve e o governo está de costas, jogando a sociedade contra os educadores. Não existe política pública para inserir o estudante na cultura, pelo contrário, só a Lei Semear, que é de incentivo, foi cortada pela metade. O Pro-Paz é um programa paliativo que atende uma minoria, é só um paliativo, quando o que falta uma política transversal”, declarou o deputado Lélio Costa, do PC do B.

O deputado Carlos Bordalo, do PT, lembrou que a “Chacina de Belém”, ocorrida em vários bairros em novembro passado e com um total de onze mortes, até agora não foi explicada. “As soluções parecem estar fora do alcance da gestão estadual, dada a inoperância da Segup e a teimosia em insistir em algumas falsas premissas. Enquanto isso, o inquérito que apura as mortes patrocinadas por policiais militares na Terra Firme vai completar sete meses e nenhum envolvido foi identificado. A verdade é que o Estado está omisso”, corroborou.

MORTES

Registros de homicídios atualizados pela Inteligência da Polícia Civil nos últimos dias.
22/05 - RMB 02 - Interior 04
23/05 - RMB 08 - Interior 07
24/05 - RMB 08 - Interior 08
25/05 - RMB 03 - Interior 01
Total: 41 homicídios

(Diário do Pará)

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