Adiamento de reunião revolta servidores

Servidores da Polícia Civil foram na manhã dessa quarta-feira (22) até a Secretaria de Estado de Administração (Sead) para discutir sobre a pauta de reivindicações da categoria, mas foram surpreendidos com um aviso de remarcação. Segundo Gibson Silveira, presidente em exercício do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), a discussão estava marcada há um mês.

Segundo Gibson, consta na pauta o desvio de função dos trabalhadores administrativos por conta do baixo quantitativo de servidores, reajuste salarial de 13% baseado na inflação regional, a diminuição da carga horária de 8h para 6h horas, aumento do tíquete alimentação, aumento da diária e reajuste do valor do plantão.

“Há colegas do administrativo que estão servindo de motoristas, escrivãos, investigadores e não ganham nada a mais por isso. Muitas das vezes ficam sozinhos em uma delegacia. Assistentes sociais ao fazer a diligência são hostilizados ou agredidos no local. Trabalham 8h diárias, enquanto nos demais órgãos trabalham 6h”.

Na pauta também estava prevista a discussão da reformulação da lei orgânica da Polícia Civil. Segundo Gibson, o governo do Estado estaria tentando enviar o projeto para a Assembleia Legislativa sem que o sindicato participe da reformulação. “O governo disse que ia sentar com a gente para negociar a pauta e reformular a lei 022/94. A reformulação está parada e deveriam mexer em alguns pontos, mas ficamos sabendo que estão tentando levar a lei até a Assembleia Legislativa sem nos consultar”.

Dependo dos rumos da negociação, a categoria deverá realizar assembleia para decidir sobre uma paralisação. Em nota, a Sead afirmou que a reunião com o sindicato foi remarcada “em virtude da convocação da titular da pasta, Alice Viana, pelo Tribunal de Justiça do Estado, para uma audiência sobre temas relacionados à greve dos professores no mesmo dia e horário”, diz, informando que uma nova reunião foi marcada para sexta-feira, 24.

(Diário do Pará)