Criança precisa de ajuda para fazer tratamento

Arthur é uma criança de cinco anos que tem paralisia cerebral, que implica na total dependência de seus pais. Agora, eles lutam para angariar fundos a fim de realizar o tratamento do filho com células tronco, que é realizado na Tailândia. “Tutu”, como é carinhosamente chamado, já foi aceito pelo hospital tailandês para participar do tratamento, mas a família só tem até o final do ano para arrecadar cerca de R$ 200 mil ou corre o risco de perder a vaga.

A campanha chamada de “Tutu rumo à Tailândia” foi criada por Vanessa Nunes e Rômulo Costa, pais da criança, em março passado, logo após receberem um e-mail autorizando o início do tratamento com células tronco a ser realizado no Better Being Hospital, localizado na cidade de Bangkok, na Tailândia. No entanto, a família precisa levantar cerca de R$ 200 mil, sendo que 40 mil dólares são destinados ao pagamento do tratamento e o restante também será usado para o pagamento da empresa responsável pela assistência e encaminhamento dos pacientes ao hospital tailandês.

“Não basta ter o dinheiro para fazer o tratamento, foi necessário passar primeiro por uma triagem, enviamos documentos com exames médicos, o estado atual dele e passou pela avaliação médica que autorizou o tratamento para ele. Após a confirmação foi que pudemos iniciar a campanha de doação”, disse Rômulo.

TRATAMENTO

O pai enfatiza que é importante o tratamento iniciar ainda na infância, pois quando iniciado, as chances de melhora em algumas funções do corpo podem retornar. “O tratamento é para tentar recuperar as funções do Tutu, sei que meu filho não vai sair andando do hospital, mas se ele conseguir se sentar já vai ser uma grande vitória. Como parte do cérebro dele é afetada, ele tem muitas funções que não trabalham. Ele se alimenta por sonda, não tem sustentação no pescoço e, por isso, o cuidado é muito grande com ele. Minha esposa dá dedicação total somente para os cuidados dele”, relatou.

Por conta dos problemas de locomoção, a criança vive em uma cadeira de rodas especial para sustentar seu corpo e a cama é hospitalar. Ao lado, o sugador para retirar secreção da narina e garganta, além do respirador. Atualmente, em Belém, ele realiza tratamento neurológico e fisioterapia diária, em casa.

Além das doações que são recebidas por meio de conta bancária, a família também vende camisas da campanha, canecas e realiza leilão online de obras de arte e camisas de times de futebol, como as dos times paraenses Remo e Paysandu, autografadas pelos atletas. Algumas pessoas que ajudam na campanha também realizam rifas e bingos.

Segundo Rômulo, são aceitos até quatro pacientes para realizar o tratamento na Tailândia. A expectativa é de que em dezembro, os pacientes sejam chamados. “As expedições saem assim que agrupa de 3 a 4 pacientes para iniciar o tratamento. No momento já tem algumas famílias lá e assim que eles voltarem outros mais serão chamados, como nós, mas só podemos ir quando conseguirmos arrecadar o valor necessário. Se não conseguirmos, teremos que reiniciar todo o processo de entrada no pedido para então nos aceitarem novamente, se isto for possível, porque ainda não sabemos”, contou.

(Diário do Pará)