Sindespa alega que tentou negociar

Desde a manhã desta quinta-feira (16), alguns funcionários de supermercados de Belém e Ananindeua aderiram à greve.

O Sindicato das Empresas de Supermercados e Autosserviços do Estado do Pará (Sindespa) alega que se reuniu três vezes com o sindicato dos trabalhadores para chegar a um acordo, porém não foi possível uma conciliação.

Segundo o Sindespa, mesmo sem ter acordo coletivo fechado, as empresas de supermercados de Belém e Ananindeua pagaram a reposição integral das perdas do último ano no contracheque de março, realizado no início do mês de abril, a todos os trabalhadores. O percentual foi de 7,68% e refere-se ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período.

O Sindespa disse ainda que por conta do momento econômico vivido no Brasil, este ano está inviável oferecer um reajuste acima da inflação, e até mesmo discutir outros pleitos, como a redução da jornada de trabalho de 42h para 40h semanais.

O nota afirma ainda que Belém e Ananindeua são os únicos municípios do Brasil que operam com a carga horária menor que 44h semanais.

A GREVE

O Sindespa garante que houvera poucas adesões e as lojas abriram normalmente. Ele denunciam que os sindicalistas agiram com abusividade e violência em muitos casos, impedindo a entrada de consumidores e funcionários nas lojas.

Em alguns casos, grevistas teriam chegado a fechar os portões com cadeados, proibindo o acesso de veículos e consumidores ao interior das lojas. Agressões físicas e ameaças de lesão patrimonial foram registradas em Boletim de Ocorrência Policial.

O supermercado Líder garantiu que as lojas estão funcionando normalmente nesta quinta-feira (16). E apenas 5% dos funcionários aderiram à greve, estando os demais trabalhando em suas atividades regulares.

Ainda ao manifestar-se, o grupo Líder afirmou que ao longo dos anos tem atendido integralmente às cláusulas dos acordos intermediados pelo Sindicato da Categoria.

Os demais grupos supermercadistas ainda não enviaram posicionamentos oficiais ao DOL.

(DOL)