Contratos seguem sendo renovados sem cerimônia

Embora com pendências de pagamento, as três empresas não têm muito o que reclamar, já que não entraram em concorrência com outras para ganhar o serviço de travessia do Moju.

No final de março passado, quando a ponte completou um ano de inatividade, uma quarta balsa foi colocada à disposição dos usuários. O valor desse serviço não foi divulgado, mas segundo uma fonte do governo, se aproxima de R$ 500 mil, para funcionar durante as 24 horas do dia. Antes, apenas uma balsa trabalhava nesse sistema.

O governo já tratou de firmar novos contratos com a Henvil, Arapari e Confiança para 2015, mais uma vez sem licitação, como mostra a publicação do Diário Oficial do último dia 30 de março. Por um período de 90 dias, que vai de março a junho, a Confiança Ltda receberá R$ 961.338,60.

Também pelos próximos três meses, a Henvil irá faturar R$ 2.139.244,20. Já a Arapari, pelo mesmo período, ganhará R$ 1.430.346,60. Os contratos foram assinados pelo atual secretário de Transportes, Ismar Pereira da Silva. Total dos contratos trimestrais: R$ 4.530.929,40.

Nesse ritmo, se incluir os eventuais termos aditivos, a travessia de balsas em 2015 deve custar aos cofres do Estado cerca de R$ 20 milhões.

Com os outros R$ 15 milhões pagos no ano passado, chega-se ao total de R$ 35 milhões somente com o serviço das balsas. A recuperação total da ponte do Moju está orçada em R$ 37,8 milhões, sem os aditivos que fatalmente virão. Quase o mesmo valor do que cairá nos cofres das três empresas. Moral da história: prejuízos, mesmo, só para a população que vai continuar pagando caro pela travessia do rio.

(Diário do Pará)