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Esclarecer sobre é o melhor caminho

Aderindo à campanha nacional para lembrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado hoje, instituído pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 2007, a ONG Amora (Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o Autismo), fundada em

Aderindo à campanha nacional para lembrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado hoje, instituído pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 2007, a ONG Amora (Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o Autismo), fundada em Belém há quatro anos, deu início na noite de ontem às ações preparadas para este mês que visam esclarecer a sociedade acerca do Autismo.

O coreto central da Praça Batista Campos recebeu uma iluminação em azul – a cor escolhida para representar a síndrome, já que há uma incidência maior entre crianças do sexo masculino: são quatro meninos para uma menina.

Um levantamento feito em 2007 por meio do Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, estimou que, no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia em torno de um milhão de casos de autismo.

Porém, há cerca de dois anos, o número estimado saltou para dois milhões de pessoas, cerca de 1,0% da população brasileira. No mesmo período, a ONU estimou que existissem cerca de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo.

Existe um consenso que caracteriza o autismo como um transtorno que afeta, principalmente, três áreas: a comunicação, a interação social, além de comportamento repetitivo e restritivo.

O grau de comprometimento vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas moderadas a graves, quando o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal.

Mãe de Gustavo Serra, 13, portador do autismo, a analista de sistemas Cristina Serra é uma das coordenadoras e fundadora da ONG Amora.

“O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, este ano, noticiou que uma a cada 68 crianças é diagnosticada com autismo no mundo. Comparado com 2012, já temos um crescimento de 30%. O autismo ainda é uma grande descoberta a ser feita em relação a suas causas, tanto de tratamento. Meu filho foi diagnosticado com três anos e desde então temos adotado para a vida dele terapias, a parte de suporte educacional, a parte de independência e a gente faz isso através de contratação de serviços privados. É um custo muito alto”, explica.

De acordo com Cristina, há uma carência no Brasil e, principalmente, na região Norte de serviços especializados para atender pessoas com autismo. Com o diagnóstico tardio, o atraso de desenvolvimento se torna ainda maior.

“Não existe ainda no Pará, da iniciativa pública, serviços especializados. O que existe é o Hospital Bettina Ferro, da UFPA, que possui o serviço Caminhar, que é nosso parceiro, onde há uma demanda enorme somente para o diagnóstico. Há uma fila de 500 crianças esperando para serem atendidas para verificar o diagnóstico. Como a região Norte já é bastante desassistida em todos os setores, aqui a gente sente muito mais a carência. Temos discretas iniciativas pelo esforço dos pais para darmos atendimento público”, frisa.

“Quanto mais cedo houver a intervenção de um treinamento de habilidades nessa criança, melhor. Este ano, a Amora aderiu à campanha nacional e mundial que é ‘Acenda uma Luz Azul para o Autismo’, justamente para alertar que serviços precisam ser ofertados, principalmente públicos, para instalar um atendimento e que seja de qualidade. E para a conscientização da sociedade de uma forma geral para abraçar e incluir essas pessoas. A sociedade ainda desconhece e, por desconhecer, ocorre o preconceito”, ressalta Cristina.

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Sintomas precisam ser identificados

O QUE É O AUTISMO?
- É um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

SINTOMAS
O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental.

2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão.
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
- Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem
de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e autossuficiência.

(Diário do Pará)

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