Igrejas celebram amor cristão

A semana santa pode ser considerada um dos eventos comuns entre algumas das diferentes religiões que professam o cristianismo. A Páscoa, que é a ressurreição de Cristo, é o ápice do período santo e os três dias que a antecedem (quinta, sexta e sábado) possuem um grande sentido para católicos, espíritas e para a Igreja do Evangelho Quadrangular.

Os espíritas reconhecem a importância da Páscoa, mas não fazem rituais litúrgicos e, sim, buscam vive-la através da reflexão para contribuir com o processo de evolução do espírito.

Já entre os católicos e evangélicos, são comuns o recolhimento, a reflexão e o jejum. “A humildade e o sacrifício de Jesus na cruz, quando se doou pelo próximo, nos mostram o quanto esse momento é ímpar para a igreja”, ressaltou o pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Paulo Bengtson.

A busca da autorreflexão é o que caracteriza a doutrina espírita. “Entendemos que é uma semana para relembrarmos o sofrimento de Cristo e sua humildade, que mesmo sendo humilhado, ele amou a todos.

Então, o amor é o sentimento que deve fazer parte desse nosso processo de evolução. Temos como princípio: amar ao próximo como a si mesmo”, detalhou um dos diretores da União Espírita Paraense, Luis Lopes.

Para os católicos, a programação da semana santa começa a partir da celebração de domingo de ramos. “Relembramos os passos de Jesus, a partir do momento em que ele entrou em Jerusalém aclamado pelo povo.

Na quinta-feira santa ocorre a última ceia de Jesus, quando se revelou o amor e a humildade de Cristo ao lavar os pés dos seus discípulos. É ainda marcada pela instituição da eucaristia e do sacerdócio.

A sexta-feira santa é o único dia que não é celebrada missa na igreja católica, o que é chamada de ação litúrgica da paixão do senhor. É tido como um dia de mortificação dos pecados e de maior reflexão da cruz”, afirmou o padre Plínio Pacheco, da Paróquia Menino Deus, em Marituba.

No sábado de aleluia ocorre a vigília de Páscoa, quando os fiéis participam de uma das principais celebrações do ano. “É um momento de esplendor da glória de Deus, quando Jesus vence a morte e o pecado, em que os fiéis são convidados a vivenciar os mesmos passos de Jesus, da cruz à ressurreição, que é a vida”, disse o Padre Plínio.

“Todas as igrejas estarão abertas no domingo para que saibam que Jesus ressuscitou e é isto o que nos motiva a celebrar a vida”, complementou o pastor Paulo Bengtson.

(Diário do Pará)