Em Marabá, professor relata problemas na Uepa

Em Marabá, os professores que atendem 800 alunos da Uepa estão com as aulas paradas por tempo indeterminado. Na unidade, o grande problema é a falta de investimento em infraestrutura, que poderá comprometer a formação de novos profissionais, como engenheiros, médicos e biomédicos.

Nos cursos de Engenharia Florestal e Ambiental não há laboratório de Análise de Solo; não há laboratório para fazer mecânica do solo; não existe laboratório de química atmosférica; em Tecnologia de Alimentos não há laboratório de Análise microbiológica, que serviria também para os cursos de Biomedicina, Engenharia Ambiental e Florestal.

Sgundo denúncias, os microscópios estão com fungos. Há mais problemas, como pontua o professor Antonio Pereira Júnior, do curso de Engenharia Ambiental.

“Temos reagentes vencidos desde 1997. Como é que se vai fazer uma pesquisa com reagente vencido desde essa data? O reagente é utilizado por todos os cursos que fazem pesquisa microbiológica, como Biomedicina, Engenharia Ambiental, Medicina, Engenharia Florestal e Tecnologia de Alimentos. Ou seja, os cinco cursos que existem em Marabá. Entretanto, nós estamos à míngua. O espaço nosso é carente de tecnologia. Vamos fazer de conta que damos aula e os alunos vão fazer de conta que aprendem? Não acho justo”, denuncia o professor.

Diante desse quadro, explica o professor Glauber Loureiro, professores e estudantes de quase todos os cursos (a exceção de Medicina) se reuniram e entenderam que o melhor caminho é mesmo a paralisação por tempo indeterminado.

(Diário do Pará)