Estudantes fazem ato em campus de Belém

Estudantes do campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) localizado no bairro do Telégrafo, em Belém, realizaram na tarde desta quinta-feira (26) um ato contra o corte orçamentário da instituição e pedindo outras reivindicações.

“Estamos com poucos recursos, em uma situação precária por causa do corte. Trabalhadores terceirizados não estavam recebendo, as bolsas de monitoria estão em perigo, e exigimos que a melhoria do campus, além do fim da entrada pelo Enem, o maior mal que atualmente assola a Uepa”, afirmou Rafael Monteiro, representante dos estudantes.

Os manifestantes se concentraram no campus da universidade, onde exibiram cartazes e gritaram palavras de ordem. “Nosso ato foi feito por estudantes e para estudantes, mas queremos mobilizar toda a comunidade acadêmica”, continuou Rafael.

Um grupo dos estudantes foi recebido pela reitoria da universidade, que se comprometeu a marcar uma audiência para dialogar as questões apresentadas. “O reitor ficou de marcar uma assembleia para ouvir todos os estudantes, que provavelmente deverá ocorrer apenas depois da Semana Santa. Até lá, continuamos em estado de greve”.

Estudantes de diversos campi da Uepa em todo o Estado, como São Miguel do Guamá e Redenção, estão realizando uma série de manifestações há cerca de uma semana, para cobrar melhores investimentos na universidade. “Temos interesses em comum, mas são movimentos diferentes, pois eles começaram antes. Eles nos inspiraram e gritam alto, mas gritam de longe. Vamos gritar de perto, onde é mais fácil ser ouvido”, completou Rafael.

Em nota, a Uepa esclarece que já obteve autorização da Secretaria de Estado de Administração (Sead) para novas contratações de professores e técnicos-administrativos. Contudo, "as demandas relacionadas à infraestrutura, compra de materiais, reforma e melhorias das instalações serão atendidas de acordo com a possibilidade orçamentária e financeira da universidade". Ainda segundo a nota, a instituição informa, ainda, que está agendando visitas in locu nos campi para manter um canal de diálogo com a comunidade acadêmica e que já apresentou projetos de investimento para que possa desenvolver a infraestrutura necessária à educação.

(DOL)