Em função do período de maré alta, trabalhadores da área do centro comercial de Belém estão tomando medidas para não serem prejudicados. Em caso de chuvas intensas nos horários das cheias, os riscos de alagamentos aumentam.
Há 40 anos, João de Deus da Silva trabalha no mercado do Ver-o-Peso, vendendo verduras. Como sempre acompanha este fenômeno, ele revela os truques para não perder as suas mercadorias. “Geralmente, a água atinge mais a região do comércio e da pedra de peixe, mas, aqui no mercado, ela também chega a incomodar um pouco, pois entra pelos bueiros e mesmo o acúmulo na pista causa prejuízos. Sempre que sabemos a data, já deixamos todos os produtos dentro ou na parte de cima da banca”.
Antônio Neves Silva, balanceiro, trabalha no local há 18 anos e relata as perdas causadas pela maré alta. “O problema maior não é o trabalho causado pela invasão da água, mas sim a queda nas vendas. Em média vendemos 30% a menos do que nos dias normais”.
Nas lojas na frente à Praça do Relógio, os ambulantes e lojistas também estão se preparando. “Depois que a maré recua, o problema é ter que limpar a loja, que fica cheia de lama. Ai, não importa quem é vendedor, ou gerente, todos nós temos que limpar. Para entrar na loja, temos que enrolar as calças, levantar todos os manequins e o trabalho aumenta”, disse a vendedora Isabela Monteiro.
Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, as marés mais altas ocorrerão entre sexta-feira (20), e segunda-feira (23), nos horários próximos ao meio-dia e meia-noite, quando os níveis devem chegar a 3.7 metros.
(Diário do Pará)
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