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Ação orientará sobre crédito consciente

O cartão de crédito é, sem dúvida, um facilitador ao permitir parcelamentos e a enorme vantagem de não precisar andar com valores em espécie na carteira, mas é preciso ter cuidado para não deixar a capacidade de compra atropelar a capacidade de pagamento.

O cartão de crédito é, sem dúvida, um facilitador ao permitir parcelamentos e a enorme vantagem de não precisar andar com valores em espécie na carteira, mas é preciso ter cuidado para não deixar a capacidade de compra atropelar a capacidade de pagamento. “Ter cartão de crédito é estar entre Deus e o diabo!”, brinca o presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará, Rosivaldo Batista.

“É claro que é um instrumento de compra moderno, uma facilidade, não se precisa ficar fazendo cadastro em cada loja que se quer comprar, mas o problema é que muito geralmente as instituições colocam um limite acima da capacidade financeira do cliente, porque o endividamento é vantagem para os bancos, que cobram juros sobre juros, que hoje giram em torno dos 13% ao mês e mais de 250% ao ano. A inadimplência é um ótimo negócio para as instituições”, alerta o presidente do Corecon.

“O 10x sem juros não existe, os valores todos já estão embutidos, o consumidor já se compromete antes de pagar a primeira parcela, então se não houver educação financeira, há o risco de gastar mais do que se pode pagar. Aí basta um mês pagando o mínimo da fatura para que tudo vire uma bola de neve. Por isso a primeira dívida do brasileiro é sempre com o cartão de crédito”, expõe.

Supermercados, eletrodomésticos e telefonia celular estão entre os campeões de endividamento no Pará, de acordo com Batista. “Cerca de 65% dos paraenses possuem uma renda entre um e três salários mínimos, uma renda considerada baixa. Com limite do cartão acima dos seus rendimentos, acaba de o consumidor satisfazer muitas vezes as suas necessidades se apoiando no crédito externo. Aí no final do mês soma a parcela do supermercado, da geladeira que precisou trocar, do celular moderno e ele não consegue dar conta, não tem renda que aguente”, explicita.

CAMPANHA

No dia 29 de março o Corecon irá à Praça da República fazer uma campanha sobre crédito consciente e consumo consciente, uma iniciativa que Rosivaldo afirma querer ver dentro das escolas.

“A gente aprende matemática, ciência, precisa aprender a usar o dinheiro também, quanto mais cedo melhor. Planejamento financeiro é algo essencial, bem como eu também acredito que é preciso, em um nível mais acima, rever, modernizar o Código de Defesa do Consumidor, principalmente em termos de marketing financeiro, que ocorre, por exemplo, quando a instituição aumenta a margem de crédito sem avisar ou sem pedir a autorização do cliente, abrindo uma grande possibilidade para o endividamento”, justifica Batista.

No ano passado o endividamento no rotativo do cartão de crédito cresceu 17%, com um valor acumulado de R$ 29,8 bilhões. A inadimplência relacionada a ferramenta atingiu 40% em dezembro.

O maior problema é que, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a taxa de juros nessa modalidade estava em 258% ao ano no fim de 2014.

ORIENTAÇÕES

O limite do cartão de crédito não deve ultrapassar 50% do salário ou ganho mensal, o que evitará gastar mais do que se recebe.

Pela grande facilidade de parcelamento no cartão de crédito, a cada dia aumenta mais o endividamento das pessoas. Assim, ao fazer parcelas fixas, é preciso ter consciência que está comprometendo os meses futuros do orçamento mensal.

O erro capital em relação ao cartão é pagar a parcela mínima, isso deve ser evitado. As altas taxas de juros cobradas acabam levando a pessoa à inadimplência. Caso não consiga pagar a parcela total, procure outra linha de crédito que não ultrapasse 2,5% ao mês.

Evite o pagamento de anuidade do cartão. Hoje, é possível encontrar cartões que não cobram nenhuma taxa de manutenção. Também nunca empreste o cartão de crédito à outra pessoa, mesmo que seja conhecida.

Se tiver apenas um ganho mensal, deverá ter apenas um cartão de crédito. Caso ganhe semanalmente, poderá ter até três cartões, para os dias 10, 20 e 30. Com isso, poderá comprar seis dias antes do vencimento de cada um deles, ganhando 36 dias para pagamento.

Uma forma educada, financeiramente, de utilizar o cartão é saber aproveitar os benefícios que o cartão de crédito pode oferecer, sejam prêmios ou milhagens.

Caso perca o controle financeiro e não consiga pagar a fatura total do cartão no vencimento, é preciso fazer, imediatamente, um diagnóstico financeiro e descobrir o verdadeiro problema. Junto com isso, deverá buscar uma linha de crédito com taxas de juros baixos.

É importante estar consciente que, ao parcelar no cartão de crédito, haverá pagamento de juros em cada prestação.

Você não emprestaria a uma pessoa que não conhece para que pague em prestações sem juros, emprestaria? A resposta é não, portanto, poupe dinheiro, compre à vista e peça descontos.

O cartão utilizado sem consciência promove compras por impulso. Por isso, cuidado! É preciso ter responsabilidade na hora de consumir. Sempre pergunte se realmente precisa disso, se tem dinheiro para comprar e se tem como pagar a fatura total do cartão no seu vencimento.

*Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira.

(Diário do Pará)

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