Obras paradas em escola são alvo de reclamações

O que deveria servir de benfeitoria à população está sendo o inverso, pois com obras paralisadas há meses, a Escola Municipal Manuela de Freitas encontra-se em total estado de abandono, causando muita dor de cabeça na comunidade que vive no entorno do prédio que estava em construção, localizado na avenida Gentil Bittencourt, no bairro de São Brás, em Belém.

O portão de entrada está quebrado e, até mesmo a placa colocada pela Prefeitura de Belém já está deteriorada. Na placa constam a data de início das obras (fevereiro de 2014), o prazo de conclusão para 330 dias, além do custo da obra, estimado em R$ 2.410.595,81.

Sem ninguém para fazer a segurança do local, a vizinhança diz que a escola se tornou abrigo de criminosos e usuários de drogas. Os moradores se dizem receosos até de caminharem próximo à escola.

“A gente não vê vigia lá. Eles têm que retomar essa obra para dar mais segurança para nós. Tenho dois filhos, um de 13 anos e um de dois e me preocupo muito com isso”, desabafa o servente José Willy, 48.

A convivência com a criminalidade também mudou a rotina de quem trabalha naquele perímetro. Segundo André Luís, várias residências já foram assaltadas, além do estabelecimento onde ele trabalha.

“De vez em quando tem um assalto aqui, eles roubam bolsa, roubam tudo. Quase no final do ano passado teve um assalto aqui. Encostaram uma Kombi aqui em frente e levaram um compressor. Só não levaram o prosdócimo, também tinha dvd, televisão, aspirador de pó e todo nosso maquinário, porque eles viram a movimentação de vizinhos que acordam cedo e foram embora. A gente fica com medo de entrarem e assaltarem. Não funcionamos dia de domingo por causa disso”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Belém afirmou que as obras “estão paralisadas devido a rescisão contratual com a antiga construtora. A Semec está realizando uma avaliação estrutural, o que é normal quando uma empresa deixa a obra, para avaliar as condições em que a escola foi entregue e a partir disso realizará uma nova licitação para que outra empresa dê prosseguimento à obra. Enquanto isso, os alunos estão participando das aulas normalmente em um prédio da Funpapa”.

(Diário do Pará)