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Pacientes convivem com precariedade em postos

Vencida a necessidade de madrugar na fila para garantir uma ficha, o atendimento recebido não consegue obedecer à privacidade necessária. Em um mesmo espaço, sem que haja qualquer divisão, as conversas entre médicos e pacientes ocorrem ao mesmo tempo. “A

Vencida a necessidade de madrugar na fila para garantir uma ficha, o atendimento recebido não consegue obedecer à privacidade necessária. Em um mesmo espaço, sem que haja qualquer divisão, as conversas entre médicos e pacientes ocorrem ao mesmo tempo.

“A gente chega e ficam seis médicos atendendo numa sala só. As pessoas ficam constrangidas de contar certas coisas pro médico com outras pessoas ouvindo”.

Habituada a buscar atendimento na Unidade de Saúde do Marco, em Belém, a professora Débora Monteiro, 29 anos, afirma que já constatou por mais de uma vez no local a realidade apontada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em diversos postos de saúde do Brasil - onde 15% dos consultórios fiscalizados pela entidade não garantiam a confidencialidade das consultas.

“Às vezes tem certas coisas que se precisa falar pro médico que a pessoa não quer que outras pessoas fiquem sabendo. O sigilo médico acaba não sendo respeitado”, considera.

“Eu mesma já fui consultada aí no posto de saúde (do Marco) dessa forma, na mesma sala que outras pessoas eram consultadas”.Sentada sobre um banco do canteiro em frente a entrada da unidade, a espera da professora também deixa evidente outra deficiência clara do atendimento de saúde na capital paraense.

“Eu cheguei 3h, mas o posto só abre 7h. Sempre venho esse horário porque é a única forma de conseguir ficha”, garante, diante das enormes filas que se formam para cada especialidade a partir do portão de entrada.

“Às vezes o médico das 7h não vem e a gente tem que esperar o das 8h30 e às vezes nem o das 8h30 vem”. Ainda antes do amanhecer do dia, em uma rápida volta por alguns bairros de Belém, a condição de espera durante a madrugada se repete do lado de fora de algumas unidades de atendimento básico.

No mesmo início da manhã da última terça-feira, bem distante de Débora, os problemas enfrentados nem um bairro da periferia não são muito diferentes. “Eu cheguei 5h pra ver se consigo a consulta, mas nem sei se vou conseguir com esse mundo de gente na minha frente. Só são vinte fichas”, teme a dona de casa Laís dos Santos, 64 anos, diante da enorme fila da Unidade de Saúde da Cabanagem. “Aqui não tem remédio, não tem material, não tem papel no banheiro... Aqui tudo falta, tudo é difícil”.

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(Diário do Pará)

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