Hospital Ophir Loyola põe em risco vida de idoso

O Núcleo Cível Residual e da Fazenda Pública da Defensoria vai exigir cumprimento de decisão judicial pelo Hospital Ophir Loyola. Após quase três meses de uma liminar que garante leito, transporte e tratamento radioterápico ao aposentado Francisco de Assis, de 67 anos, o hospital não se manifestou, segundo a Defensoria.

A assessoria do órgão informou que o defensor público Rodrigo Cerqueira vai informar à Justiça sobre o descumprimento de decisão judicial e inclusive cobrar a multa acumulada dos dias em que a sentença está sendo descumprida. Se não houver leito na rede pública, o hospital será obrigado a fornecer leito através de rede particular, pois, de acordo com a Defensoria, está colocando a vida de Francisco de Assis em risco.

O aposentado foi diagnosticado há seis anos com um câncer de pele e tem um tumor maligno na cabeça e no pescoço. De acordo com a filha do idoso, Vera Ramos da Silva, que foi em busca de tratamento para o pai, ele enfrentou várias dificuldades até finalmente conseguir um leito. Porém, o drama não teria se encerrado aí. O médico responsável pelo caso teria dito que não seria necessário realizar as 10 sessões de radioterapia que foram prescritas, mas apenas quatro, pois, segundo o profissional, “de nada adiantaria mais sessões de radioterapia”.

Após receber alta e com o estado de saúde agravando, a filha de Francisco procurou a Defensoria Pública para resolver o caso. Mesmo com liminar deferida, determinando que o hospital internasse o idoso no prazo de 24 horas, mais locomoção ou tratamento domiciliar e multa, nada foi cumprido pelo “Ophir Loyola”.

O Hospital Ophir Loyola informou, em nota, que seu departamento de serviço social já possui agendamento para prover atendimento e internação ao paciente Francisco de Assis, o qual receberá os devidos cuidados de equipe médica especializada em alta complexidade, assim como terá sua programação de radioterapia efetivada com perfil de seu quadro clínico.

(Diário do Pará)