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Sem obras, Pará segue na mesma

Com menos de dois meses de governo, o terceiro mandato de Simão Jatene à frente do Estado tem uma marca: o imobilismo. Depois de uma rica campanha para a reeleição, o Estado parou.  Pipocam por todos os cantos do Pará denúncias de obras que só andaram no

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Com menos de dois meses de governo, o terceiro mandato de Simão Jatene à frente do Estado tem uma marca: o imobilismo. Depois de uma rica campanha para a reeleição, o Estado parou.

Pipocam por todos os cantos do Pará denúncias de obras que só andaram no período eleitoral e que hoje estão completamente paradas, além de vários casos de calote em empresas prestadoras de serviços em todas as áreas do Executivo. E não há perspectiva para que a situação mude.

Um caso emblemático desse quadro são as obras da ponte sobre o Rio Moju, paralisadas em novembro do ano passado e que até agora não foram retomadas. No próximo 23 de março o acidente com a balsa que atingiu a ponte completa um ano. Estudos foram feitos, o pilar que estava no fundo do rio foi removido, mas os escombros e as duas “línguas” que arriaram com o choque não foram removidos. E nada da obra começar. O governo se fechou em copas e nada fala. “Na sessão onde o governador apresentou sua mensagem ao Legislativo, como líder do PMDB indaguei e cobrei o governador sobre a obra na ponte. Na sua réplica, mais uma vez o chefe do executivo calou”, disse o deputado Iran Lima (PMDB).

Enquanto isso, a economia da região do Baixo Tocantins e a população sofrem com as consequências da paralisação da obra. “Houve aumento no valor dos alimentos. A atividade econômica em toda aquela região está sendo extremamente prejudicada, principalmente o dendê e as empresas que trabalham com exportação e gado para Vila do Conde. A economia do Moju está desaquecida, além do encarecimento de produtos. Os fretes aumentaram 30% para Vila do Conde por causa da situação da ponte”, diz o parlamentar.

A placa da obra aponta um valor de R$ 36,5 milhões para recuperar a parte danificada da ponte. “Não é apenas a população do Moju que sofre, mas toda a população o Sul e Sudeste do Pará que precisa chegar a capital através da PA-150 e não consegue por causa da falta da ponte”.

A ponte sobre o rio Curuá, na PA-254, que liga Alenquer a Monte Alegre e a toda região oeste do Estado, também está com as obras paralisadas. “A PA-254 foi construída há mais de 20 anos, ainda no governo do PMDB, e essa ponte de pouco mais de 200 metros era de madeira. A recuperação iniciou nesse governo em 2011 e até hoje a obra não foi concluída, depois de três anos”, critica Lima. Outra ponte que está com a obra parada na região é a de Igarapé-Miri que liga o município a Mocajuba, Cametá, Baião e Limoeiro do Ajuru.

Segundo o deputado, as obras do Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, também estão paradas. “É uma obra importante para desafogar o Hospital Metropolitano e a população das ilhas, mas a obra está com o cronograma muito atrasado”. Outra obra importante que está completamente parada é a do Hospital Regional de Itaituba, um dos carros-chefe da campanha de Jatene na região - que, pelo visto, ficou só na promessa tucana.

ESCOLAS NO ABANDONO

A confirmação da situação calamitosa de paralisação de obras veio com a declaração do ex-vice-governador e atual secretário de Educação do Estado, Helenilson Pontes: em Santarém, ele afirmou dia 6 passado, em reunião com representantes políticos e gestores de educação de vários municípios da região oeste do Estado, o que professores e alunos já sabiam: cerca de 400 escolas estaduais estão com obras paradas no Estado. A maioria das obras parou porque as empresas responsáveis não estavam recebendo as verbas contratuais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Em Santarém, Pontes apontou problemas da educação no Pará, que, segundo o Ministério da educação (MEC), tem o segundo pior Ensino Médio do Brasil. O titular da Seduc comentou que o atraso na reforma de escolas estaduais em Santarém deve-se a complicações burocráticas junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No ano passado, Jatene chegou a discutir com estudantes de Santarém que cobravam a conclusão de obras. As cenas do bate-boca foram exibidas pela RBATV.

Na terça-feira da semana passada o governo passou por um constrangimento que revelou que Executivo e sua base no Legislativo não andam falando a mesma língua: o líder governista da Assembleia Legislativa, deputado Eliel Faustino (SD), subiu à tribuna e desmentiu Helenilson Pontes, afirmando que as 400 escolas a que se referiu o secretário estão apenas sob “intervenção”, culpando a situação pelo atraso no repasse de verbas do governo federal. E ainda mandou um recado aos novos secretários: para que conheçam mais a fundo suas pastas antes de divulgar dados, afirmando que Helenilson irá ao parlamento apresentar “números reais”.

(Diário do Pará)

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