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Veja dicas de como evitar gastos durante a crise

Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, e com a alta de preços posta em praticamente todos os serviços e tarifas neste início de ano, essa máxima, se levada à risca pelo consumidor, pode ser de grande ajuda para quem está disposto a minimi

Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, e com a alta de preços posta em praticamente todos os serviços e tarifas neste início de ano, essa máxima, se levada à risca pelo consumidor, pode ser de grande ajuda para quem está disposto a minimizar o sofrimento financeiro nesse período de crise de preços. Com os últimos reajustes, quase que mensais, da tarifa de energia elétrica e a alta generalizada dos combustíveis em todo o Estado - a mais recente de 7% na gasolina e de 14% no diesel -, a população deve estar atenta para o inevitável efeito dominó, que deve atingir a cesta básica, a tarifa dos transportes públicos, e tudo o mais. Portanto, a hora é de poupar para, principalmente, não faltar.

“O consumidor precisa ter um diagnóstico do seu próprio orçamento e se preparar para esse período de recessão. Por exemplo, se ele tem carro e quer economizar na gasolina, é bom conferir se a manutenção do automóvel está em dia, para que não haja desperdício de combustível. A luz está mais cara, então vale se policiar em relação ao que fica ligado na tomada sem necessidade, ao uso frequente do ferro elétrico, do chuveiro elétrico”, exemplifica a educadora financeira, Patrícia Godoy. “Economia doméstica é um exercício contínuo de restrição de gastos”, corrobora o economista Antônio Ximenes. O DIÁRIO enumera algumas dicas e orientações que podem fazer a diferença no saldo da conta bancária no final do mês relacionados a cinco itens onipresentes no caderninho de contas dos brasileiro :

Lazer

A pizza, o cinema, e a balada do fim de semana funcionam como válvula de escape para a maioria daqueles que trabalham de segunda a sexta, o que passa batido é o que esses gastos podem significar a longo prazo. “Se a pessoa gastar R$ 50 a cada fim de semana, são R$ 200 por mês. Se esse valor fosse aplicado por 20 anos a um juros de 0.8% ao mês, o acúmulo é de R$ 144 mil lazer. Em 30 anos, sob o mesmo índice, pode checar a R$ 414 mil, é o valor de um imóvel no centro da cidade! Assusta, porque a gente não se dá conta. É o tipo de demonstrativo que ajuda a se fazer um diagnóstico do que se gasta e avaliar prioridades”, avalia a educadora financeira.

Economizar nas baladas, em jantares e lanches pode ser um bom caminho. Foto: Agência Brasil/ Arquivo

“Cabe a pergunta: o almoço da família no final de semana é pago com dinheiro ou cartão de crédito? Vale lembrar que este é um dos itens da pesquisa do Índices de Preços ao Consumidor (IPC) que mais puxa a inflação para cima. A refeição feita em restaurante custa no mínimo o dobro do que aquela feita em casa, e se o pagamento for feito com cartão de crédito pode-se estar cometendo simultaneamente dois mecanismos de perda de dinheiro”, atenta Ximenes.

Energia elétrica

Serviço básico e indispensável, precisa ser acompanhado muito de perto nesse momento. “Em cada ambiente da casa tem um bico de consumo, então a política é: entrou no ambiente, acende, saiu, apaga”, orienta Ximenes. “As tarifas continuarão subindo, até porque por muito tempo o Governo Federal ficou sem repassar os reajustes ao consumidor, então agora o policiamento deve ser semelhante ao que precisou ser feito na época do ‘apagão’, e nos pequenos detalhes mesmo: é ver se a borracha da geladeira está vedando bem a porta, repensar o uso do ar condicionado nesse período chuvoso, e etc”, indica Patrícia.

Combustível

De acordo com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), desde o último reajuste, a diferença do litro da gasolina, por exemplo, entre um posto e outro, pode chegar até 20%. “É procurar o que há mais em conta, claro, sem deixar de levar em consideração a qualidade, para não virar um caso de barato que sai caro. Manter o carro bem regulado, com a manutenção em dia, não usar o ar condicionado na velocidade máxima, repensar as rotas de modo a consumir menos também ajudam. O uso do álcool só vale a pena se o teor de gasolina for de no mínimo 75%, e é preciso levar em consideração que ele se evapora mais rapidamente”, enumera a educadora financeira.

“Se o consumidor já sabe qual é o posto que está vendendo mais barato e se seu dinheiro é suficiente para encher o tanque, não ha problema em fazê-lo. Agora, na intenção de economizar, especialmente para quem tem local fixo de trabalho, é oportuno pensar em alternar as idas e vindas entre o carro o ônibus, isso pode dar um bom resultado. Quem vai de carro para o trabalho porque tem de passar na escola para deixar os filhos, pode avaliar se não é mais econômico pagar transporte escolar e ficar liberado para deixar o carro em casa”, sugere o economista.

Supermercado

O hábito de fazer as “compras do mês” já não é mais uma boa alternativa. “Esse tipo de atitude do consumidor estimula a inflação, porque esvazia os estoques, provocando o desabastecimento, criando o ambiente ideal para um novo aumento de preço. Consumidor deve comprar, no máximo, o suficiente para atender as necessidades de uma semana”, justifica Antônio Ximenes. “Não há dúvida de que a pesquisa entre lojas vale a pena”, acrescenta.

“Fazer uma lista dá a visibilidade do que é necessário em casa”, indica Patrícia. “Uma coisa que hoje pesa muito nas compras são os materiais de limpeza, porque hoje existe um produto para cada ambiente da casa. Então vale pesar o que atende melhor, de repente, a um maior número de cômodos, avaliar o custo benefício. Em relação à comida, vale ver se no açougue não está mais barato do que no supermercado, as “boutiques” de carnes chegam a oferecer 10% de desconto em determinados dias da semana, um índice maior do que o rendimento da poupança, por exemplo. Cabe repensar a forma de consumo”, orienta ela.

Cartão de crédito / Cheque especial

Crédito, ainda mais na situação atual, não é para qualquer um, é para quem tem controle na hora de usar. “É o nosso grande vilão. Para quem sabe controlar, é sensacional, mas se não souber, pode ser uma bola de neve”, alerta Patrícia. “É muito importante que o limite do cartão seja menor que a renda do usuário. Usar o crédito para fazer compras no supermercado todo mês, por exemplo, no primeiro mês, tudo bem, mas no seguinte, a segunda parcela vai se acumular à primeira de uma nova compra.

A utilização dos cartões crédito também apresentam um risco à "saúde financeira" da população. Foto: Agência Brasil/ Arquivo

Os parcelamentos do tipo ‘dez vezes sem juros’ também merecem atenção, porque a cada fatura paga, há liberação de limite, e se não houver prudência, a pessoa se endivida de novo”, afirma. Já o economista lembra que o preço nas mercadorias vendidas com cartão de crédito estão embutidos de no mínimo 5% de taxa de juros, e se o pagamento da fatura respeitar apenas o valor mínimo, essa taxa sobe para até 15% ao mês. Ele aponta ainda o cheque especial como um produto financeiro dos mais traiçoeiros quando se trata de endividamento. “Ele come na sua mesa com você e se for mantido na conta, é para fins de prevenção. Resista a tentação de utilizá-lo”, orienta.

(Diário do Pará)

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