Melhoria no atendimento ao pescador

O ministro Helder Barbalho quer que o Pará seja a “vitrine” do setor pesqueiro nacional, tanto em virtude da importância da pesca artesanal no Pará quanto por este ser seu Estado de origem.

Primeiro representante da região amazônica no ministério, Helder Barbalho pretende acabar com episódios que constrangem o setor pesqueiro, como a intervenção da Polícia Federal na Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Pará, em 2012. A operação deflagrada pela PF apreendeu, inclusive, computadores e documentos; posteriormente ocorreram novas denúncias envolvendo falsos pescadores, o que trouxe desassossego à categoria profissional no Estado.

Em virtude das denúncias e da necessidade de adaptar o atual sistema para atender a nova legislação, o Ministério da Pesca e Aquicultura tomou a decisão de suspender provisoriamente o processamento de pedidos de novos pescadores artesanais, não apenas no Pará como em todo o Brasil.

A sede da Superintendência de Pesca e Aquicultura no Estado vai mudar de local nos próximos meses. O novo endereço será na Estrada do Tapanã para se integrar ao novo Terminal Pesqueiro. Com a mudança, o atendimento será mais humano, inteiramente informatizado e muito mais ágil.

MUDANÇAS

Ainda acontecerão transformações mais profundas em áreas particularmente sensíveis aos pescadores brasileiros. Os serviços de saúde e educação serão aperfeiçoados.

Na educação, por exemplo, programas como o Pescando Letras (de alfabetização) e o Pronatec (para formação técnica voltada à cadeia produtiva) vão melhorar a qualidade da mão de obra do setor. As ações ainda vão chegar às instituições de ensino superior para incentivar a formação de profissionais como engenheiros, biólogos e oceanógrafos.

Na saúde, serão diagnosticadas as principais doenças relacionadas a pescadores e pescadoras. Isto vai permitir um melhor direcionamento para ações integradas com o Ministério da Saúde.

O ministro Helder Barbalho quer aproveitar a sua presença na Pasta para adotar diversas ações de incentivo às atividades pesqueiras no Estado. Em especial a modernização dos processos de pesca e a expansão de projetos aquícolas para pequenos e médios produtores.
Como é natural do Estado, ele conhece como poucos o potencial do Pará para a atividade pesqueira. Além de espécies ótimas para a aquicultura, como o tambaqui e o pirarucu, a Amazônia conta com dois terços da água doce do Brasil. O ministro também quer incentivar o turismo de pesca e a criação de peixes ornamentais no Estado.

(Diário do Pará)