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Falta de médicos leva pacientes ao desespero

A noite de ontem foi de sufoco para quem precisou de atendimento no Pronto-Socorro Municipal (PSM) Mário Pinotti, na 14 de Março. Com apenas um médico atendendo as ocorrências, a porta de entrada do PSM ficou lotada de pessoas a espera de atendimento. Do

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A noite de ontem foi de sufoco para quem precisou de atendimento no Pronto-Socorro Municipal (PSM) Mário Pinotti, na 14 de Março. Com apenas um médico atendendo as ocorrências, a porta de entrada do PSM ficou lotada de pessoas a espera de atendimento. Do lado de fora, amigos e familiares reclamaram da demora e muitos se desesperaram com a situação.

Foi o caso da paciente Flávia Ramos, de 22 anos, que esperou mais de meia hora na recepção do hospital para ser atendida. Acompanhada dos familiares, a jovem chorava em uma cadeira de rodas, com fortes dores no peito e sem poder andar devido à fraqueza nas pernas. Desesperada, a família iniciou um tumulto e ameaçou denunciar o hospital caso a paciente não fosse atendida. Flávia foi atendida no PSM da 14 de Março há uma semana com os mesmos sintomas. No hospital, ela fez uma tomografia na cabeça, que não acusou nenhum problema.

Segundo a família de Flávia, ao ver o resultado a médica disse que ela deveria procurar um psicólogo. “Além de não ter especialista para atender a minha irmã, a médica ainda disse que ela era louca. É uma falta de respeito total com os doentes”, disse Ana Carolina, irmã de Flávia. Ao perceber a confusão na recepção, uma enfermeira veio até a paciente e confirmou que só havia um pediatra no hospital.

Outro caso grave sem atendimento era o da aposentada Natália Lima, de 77 anos. A idosa sofreu dois acidentes vasculares cerebrais (AVC) e, apesar de apresentar saúde debilitada, ela também aguardava a chegada de um neurologista para ser atendida. Enquanto isso, aguarda em uma maca no corredor do hospital. Natália deu entrada no PSM às 19h e até às 21h não tinha certeza se seria atendida. “Jogaram ela no corredor em uma maca que sequer tinha colchão. Até o lençol para cobri-la tivemos que trazer de casa”, reclamou a filha de Natália, Edilene Bezerra.

O jovem Jonas Barbosa, de 21 anos não teve paciência de esperar. Sem que ninguém percebesse, ele entrou no PSM para tentar falar com um médico na intenção de conseguir um encaminhamento para algum hospital. Com diabetes e uma enorme ferida no pé, Jonas peregrinou durante todo o dia de ontem em vários hospitais de Igarapé-Açu, onde mora, Castanhal e Belém, mas não conseguiu atendimento em nenhum deles. Segundo a família, no PSM o atendimento foi negado sob a alegação de que não havia tratamento para ele. “Ele deu um jeito e conseguiu entrar. Só queremos um encaminhamento para um local em que ele possa finalmente ser atendido”, disse o irmão de Jonas, Jair Barbosa.

A reportagem tentou contato, na noite de ontem, com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), mas não conseguiu.

(Diário do Pará)

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