PM ganha vaga, mas não desiste de ação

O policial militar Willian Lima Mendes, que concorreu a uma vaga no vestibular da Universidade do Estado do Pará, e por engano da instituição viu seu nome na condição de aprovado no processo seletivo, finalmente conseguiu ingressar na universidade.

Ele foi beneficiado pela desistência de uma candidata aprovada. Willian disse que recebeu uma ligação de um representante da Uepa na última quarta-feira, avisando-o de que ele havia passado no vestibular pela repescagem. O motivo da desistência da candidata que estava a sua frente não foi revelado.

Willian e seu advogado compareceram à instituição e garantiu que vai se matricular ainda nesta sexta-feira. Porém, o agora calouro da Uepa garantiu que manterá o processo por danos morais movidos contra a instituição e o estado pelo erro durante o anúncio do listão.

O caso, publicado com exclusividade pelo DIÁRIO, teve repercussão nacional. Aprovado, o PM fez uma grande festa em comemoração à sua aprovação no dia 15 de janeiro deste ano.

Porém, a alegria acabou no dia seguinte, quando Willian recebeu uma ligação da Diretoria de Acesso e Avaliação da universidade informando que o nome dele só apareceu no listão por uma “falha no sistema”. Willian fez o processo seletivo para o Campus de Moju, concorrendo a uma vaga no curso de licenciatura em pedagogia.

“A diretora Léa Costa me ligou dizendo que tinha uma notícia ruim para me dar. Falou que o sistema tinha cometido um erro colocando meu nome no listão, mas que, na verdade, quem passou foi uma outra candidata que teria ficado na quinta posição. Ela disse que eu fiquei na 15ª posição. Como são 14 vagas, fiquei fora e iria para a lista de repescagem. Fiz festa, raspei a cabeça e isso me desestruturou”, lamentou ele, na época.

O advogado de Willian, Augusto Barata, informou que entraria com a ação na Justiça no início da próxima semana. “Não estamos questionando a inidoneidade da instituição, mas sim apurar esse erro. Um mero documento não convence. A indenização é algo certo pelo erro com o nome dele, o constrangimento e os gastos que ele teve”, garantiu. Ontem, Willian informou que na quarta-feira moveu uma ação contra a Universidade.

“Essa vaga é minha por direito, não foi a Uepa quem me deu por causa do vexame. O processo já foi aberto anteontem e pretendo ir até o fim.”

(Diário do Pará)