Estão agendadas para a próxima segunda-feira as primeiras audiências com os policiais militares que teriam participado da paralisação, em abril do ano passado, no Pará, em protesto contra o reajuste salarial dado pelo governo do Estado apenas para os oficiais, excluindo os praças.
Ontem, uma reunião entre os policiais e os advogados de defesa foi realizada a fim de serem revisadas as estratégias que serão utilizadas durante as audiências.
Esta foi a segunda reunião somente esta semana.Até o momento 74 militares foram indiciados pela Justiça Militar sob a acusação de motim, desobediência, insubordinação e incitação.
“As estratégias de defesa foram definidas. Agora, os advogados vão conversar individualmente com cada um dos policiais acusados”, pontuou o sargento Haelton Cunha, representante do Movimento de Praças do Pará.
No total, doze advogados estão trabalhando na defesa dos PMs.Haelton também comentou que o movimento vai pedir apoio a deputados. O objetivo é lembrar a sociedade que o movimento se deu em virtude das péssimas condições de trabalho na corporação. “Temos um apoio muito forte das nossas famílias”, acrescentou.
A greve ocorrida no ano passado só terminou após um acordo com o governo. Na ocasião, os militares conseguiram um reajuste de R$ 150 no vale-alimentação dos praças e a extensão do auxílio fardamento - que antes era pago somente aos cabos e soldados - para sargentos e sub-tenentes.
(Diário do Pará)
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