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Tensão também marcou 2º dia de reintegração

Mais protesto e resistência marcaram o segundo dia da reintegração de posse de terrenos nomeados Novo Canaã, localizado na rodovia Mario Covas, bairro do Sideral. Os moradores da comunidade alegam que não receberam ordem judicial para deixar o local. Os

Mais protesto e resistência marcaram o segundo dia da reintegração de posse de terrenos nomeados Novo Canaã, localizado na rodovia Mario Covas, bairro do Sideral. Os moradores da comunidade alegam que não receberam ordem judicial para deixar o local.

Os terrenos pertencem a uma construtora e um empresário.“Nós não recebemos nenhuma ordem judicial, também não nos chamaram para nos identificarmos, começaram derrubando tudo”, disse Luciano Ramos, que teve sua casa demolida na segunda-feira.

“Eu estou dormindo aqui debaixo desse teto na casa do vizinho porque ainda não derrubaram”, continuou. Sentada em uma cadeira que conseguiu salvar e amamentando o filho de 1 ano e 8 meses, Amanda Santos, de 18 anos, aguardava alguma assistência. A casa dela foi demolida na manhã de ontem e ela apenas conseguiu retirar o fogão, a geladeira e uma cômoda com roupas. “Vim de Barcarena para tentar trabalhar aqui, comprei o terreno de 5 metros por 10 [metros] por R$500, que consegui economizar, e o telhado e as tábuas recebi de doação”.

A vigilante Carina Monteiro está sem trabalhar há dois dias, com medo de não estar presente durante a demolição da casa dela. Aqui é uma área de ocupação e acham que só tem bandido, mas não, tem pessoas de bem e trabalhadoras. Muitos de nós estão sem ir trabalhar, correndo risco de perder o trabalho, porque não pode sair daqui”, disse. Ela também cobrou providências.

“Eu trabalho, mas só vou receber dia 15 e os órgãos competentes não nos dão um auxílio. Onde eu vou guardar as minhas coisas? Não veio ninguém aqui dar uma esperança de pelo menos nos cadastrar no Minha Casa Minha Vida. Tem pessoas aqui que pagaram, investiram em um sonho e agora estão na rua”.

Desocupação voltou a ser realizada ontem, com a retirada dos moradores e demolição das casas. Moradores tentaram fazer novo protesto (Foto: Fernando Araújo)

ENERGIA

Moradores disseram que a invasão abriga mais de 3 mil famílias, e não 2.500 pessoas, como informou a Policia Militar. Por volta das 12h, um grupo tentou bloquear parte da rodovia Mário Covas, mas foi impedido pelos militares.

Com a ação, um policial chegou a disparar spray de pimenta sobre os manifestantes e acabou atingindo duas crianças de colo. “Nós só queríamos parar o trânsito rápido para protestar. O policial conversou com a gente, a gente já estava saindo da pista e aí jogaram spray de pimenta e balas de borracha para o alto. Ficamos sem respirar, meu filho chorando de desespero e tem uma outra mãe com bebê recém-nascido que também pegou nos olhos dela”, contou a manicure Priscila Paulino e mãe de uma das crianças.

As mães e os filhos receberam atendimento médico em uma ambulância. A Polícia Militar, em nota, diz que, “quando da necessidade”, utiliza de técnica para impedir que haja atuações que possam prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.

Para isso, são empregados os procedimentos como o uso progressivo da força e os demais meios, como munição química e uso de elastômetro (balas de borracha) quando há necessidade.

Quanto ao número de pessoas na área, diz que o levantamento foi realizado por meio de serviço de inteligencia da segurança pública, que concluu que cerca de 2.500 pessoas estavam ocupando os terrenos. A PM diz ainda que, na manhã de ontem, não houve nenhum contato físico com os manifestantes, sendo utilizada munição química para fim de dispersão.

LEIA MAIS:

Moradores da ocupação dizem não ter para onde ir

(Diário do Pará)

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