Réus são ouvidos através de vídeo e interrogatório

Continuou durante a tarde desta terça-feira (27) o julgamento de Savana Barbosa e Raimundo Nonato, acusados de matar e esquartejar o vigilante Joelson Santos em julho de 2011, em um motel Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Na segunda parte da sessão, o júri ouviu o depoimento dos réus através de vídeos e de um interrogatório.

Logo no começo da tarde, foram exibidas gravações dos depoimentos feitos pelos acusados em 2011, quando foram presos, em que descrevem passo a passo a noite e madrugada em que assassinaram Joelson.

A defesa chegou a pedir a suspensão do vídeo e a retirada dele do processo, alegando que o casal não havia sido informado sobre o direito de ficar calado durante a gravação do depoimento, mas o juiz da sessão indeferiu o pedido, alegando que um documento assinado pela acusada mostrava que ela estava ciente de seus direitos.

Após o vídeo, a sessão continuou com o interrogatório dos acusados. A previsão é de que o julgamento seja encerrado nesta quarta-feira (28), quando serão realizada as falas da defesa e acusação, com direito à réplica e tréplica.

PRIMEIRA PARTE

A sessão iniciou por volta das 9h, quando foram ouvidas as testemunhas do caso. Cinco pessoas da acusação, entre funcionários do motel, taxistas que transportaram os réus na noite do crime e um parente da vítima prestaram depoimento.

Cinco testemunhas de defesa também estavam previstas para dar seu relato, mas três delas não compareceram à sessão.

O CASO

Segundo o processo, o casal se hospedou em um motel de Ananindeua e atraiu a vítima ao local. Quando Joelson chegou, ele foi esfaqueado por Raimundo, decapitado e esquartejado. Ele teve ainda as pontas dos dedos cortadas e jogadas no vaso sanitário. Os restos mortais foram divididos em sacolas plásticas e despejados em diferentes locais.

Após o assassinato, o casal foi até a casa de Joelson para roubar os bens da vítima e em seguida ao terminal rodoviário comprar bilhetes de viagem. Os réus respondem por homicídio qualificado, furto qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver.

(DOL com informações do TJPA)