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Família cobra explicações para morte em UPA

O último domingo já estava todo programado. Ao lado do marido e de um dos quatro filhos, a manicure Naiany Luzia Garcia Alves, 29 anos, almoçou na casa da mãe e, à noite, sairia para comer fora com o esposo. Antes do jantar, por volta das 22h30, Naiany,

O último domingo já estava todo programado. Ao lado do marido e de um dos quatro filhos, a manicure Naiany Luzia Garcia Alves, 29 anos, almoçou na casa da mãe e, à noite, sairia para comer fora com o esposo.

Antes do jantar, por volta das 22h30, Naiany, que às vezes sofria de crises asmáticas, decidiu passar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Nova 8, em Ananindeua, para ser medicada com aerosol, como de costume.

Segundo o esposo, Anderson Melo do Nascimento, 28 anos, os enfermeiros aplicaram um injetável e a colocaram no aerosol. Ela também teria recebido a orientação de tomar uma pílula à base de corticóides. Naiany desconhecia o medicamento e reclamou dos efeitos.

“Ela fez a inalação e depois passaram um comprimido. Ela me pediu para comprar água porque sentia que o remédio tava preso na garganta. Disse que tinha piorado, sentia muita falta de ar e o coração batia acelerado’’, conta Anderson.

No relógio, mais de meia noite. A manicure passou mal. Foi mandada para a sala e urgência e emergência. Pela porta entreaberta da enfermaria, Anderson acompanhava a mulher ser entubada no oxigênio.

“Eu perguntei pro médico se ela tava bem. Ele disse que sim. A enfermeira depois saiu da sala, foi quando eu ouvi um barulho. Corri e entrei, ela estava no chão, já roxa. Corri para tentar levantá-la, mas não consegui’’, explica.

SOCORRO

O médico e enfermeiros correram para socorrê-la. A única resposta da equipe de atendimento do posto à família era de que o caso estava grave e que faziam todos os procedimentos. Às 3h da madrugada, a família foi informada da morte de Naiany. “Quando ela caiu no chão, eu já sabia que estava morta”, lamenta emocionado o marido.

Quem o ajudou a levantá-la foi um dos funcionários.A costureira Cláudia Garcia, 48 anos, tia da vítima, contou que a sobrinha vendia roupa para ajudar a sustentar os filhos.

Era uma pessoa caseira, parou de estudar para se dedicar à família e fazia planos de se profissionalizar em um curso. “O sistema público está abandonado. Ontem à noite, se havia dois médicos era muito. Tudo muito precário. Quando cheguei, já tinha percebido que ela estava falecida. Ninguém nos disse nada. O médico disse de forma fria que ela tinha tido uma parada cardíaca e pronto. Ficamos todos arrasados”, conta Cláudia.

A família busca respostas e acredita que, por erro médico, o comprimido ingerido por Naiany tenha provocado a morte dela. “Não achamos na prescrição médica o nome dessa pílula. Só tá lá corticoides. Até a assistente social disse que não tem nada na receita. Mas como ela foi tomar isso? Ela nunca tinha tomado”, relata Cláudia.

Ontem, os familiares estiveram durante todo o dia no Instituto Médico Legal(IML) para aguardar a liberação do corpo. Só depois a família decidiria onde seria o velório.

RESPOSTA da SECRETARIA DE SAÚDE

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirma que Naiany “já chegou à UPA com problemas respiratórios e com a frequência cardíaca alterada. Rapidamente, foi avaliada pelo médico, que fez todos os procedimentos corretos, inclusive tendo se certificado de que a paciente não era alérgica aos medicamentos receitados. A paciente foi medicada com um comprimido indicado para baixar a frequência cardíaca, como consta no prontuário, e com um medicamento antialérgico injetável”.

Ainda segundo a nota, “no momento em que a técnica de enfermagem estava preparando os medicamentos em aerosol, a paciente teve um mal estar súbito e imediatamente o médico que acompanhava de perto o caso tentou reanimá-la, mas infelizmente a paciente entrou em óbito, provavelmente por parada cardíaca. Agora, somente o laudo médico vai apontar de fato o motivo da morte da paciente Naiany Alves”.

(Diário do Pará)

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